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O Lounge D do Casino do Estoril, recebeu a 4 de Setembro o primeiro de quatro espectáculos do Festival Flamenco Casino do Estoril da edição de Setembro de 2019.
A protagonizar o espectáculo esteve a famosa Família De Los Reys a demonstrar que a tradição do flamenco também atravessa as gerações. Este palco durante cerca de uma hora quase se transformou num de um famoso tablao.
Tendo o espectáculo iniciado com uma coreografia das irmãs Saray e Lole De Los Reys, com traje dominante de preto e vermelho e branco e vermelho respectivamente. De seguida cada elemento da família mostrou a solo a sua arte de dança em palco.
Lole manteve o traje branco e ligeiro com os típicos folhos e com uma dança ritmada, já Saray usou o seu vestuário preto e vermelho e a sua actuação variou entre um modo mais intimista contando também com alguns movimentos mais repentinos. O patriarca desta família, o Mestre Juan de Los Reys dançou com um ritmo de movimentos lentos e com um sapateado bem marcado. Usou uma luz mais baixa de forma a tornar o ambiente único e adequado à demonstração que quis apresentar ao seu público.
Na fase final, entraram de novo em palco os três artistas, primeiro a solo e para fechar a noite, numa coreografia conjunta de pai e filhas formando um trio. Com a companhia de Jesús Corbacho e Jordi Flores fizeram a última dança a cinco a sair do palco.
Juan de Los Reyes é considerado um dos grandes mestres da dança flamenca cigana, e tanto Lole de los Reyes como Saray De Los Reyes seguiram as pisadas do pai.
O Mestre Juan, de momento dedica-se ao ensino do flamenco na sua escola, o estúdio “De los Reyes”. Iniciou-se a esta arte ainda em criança com o mestre Pepe Ríos. Mais tarde aperfeiçoou o seu Flamenco com o mestre Antonio Montoya Flores “Farruco”. Tem um vasto currículo com participações em festivais, no filme “Bodas de Glória”, trabalhando também nos mais variados tablaos de Sevilha e Barcelona.
Lole de Los Reyes, de origem sevilhana, aprendeu a essência do flamenco com o seu pai, Mestre Juan. Continua o seu estudo com a mestre Farruca, tendo actuações nos mais conceituados tablaos da Andaluzia e de Madrid.
Já Saray de Los Reyes, também filha do grande Mestre Juan de Los Reys, começou nesta arte com apenas 5 anos de idade. Continua as suas aulas com La Farruca, que a lança no mundo da dança aos 16 anos no espectáculo “Gypsy” na 25ª Bienal de Arte Flamenco de Sevilha. Continua a somar pontos em vários palcos e projectos. Actualmente para além da dança, também é professora na escola de seu pai, a escola “De Los Reys”.
No palco do Lounge D do Casino do Estoril, este trio familiar foi acompanhado por Jesús Corbacho na voz e ritmo de palmas, assim como Jordi Flores na guitarra flamenca. São dois prestigiados músicos, contando com uma vasta experiência na arte flamenca com formação em conceituadas escolas obtendo distinções pela excelência do seu trabalho, com discos gravados e acompanhando conceituados artistas em espectáculos pelo mundo fora.
O Casino do Estoril ainda vai receber mais três espectáculos integrados neste Festival de Flamenco nas quarta-feiras do mês de Setembro.
Texto e Fotos: Pedro MF Mestre
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Durante 10 dias seguidos a Baía de Cascais recebeu concertos com bandas bem conhecidas do público português.
O cartaz contou com duas actuações por noite no palco principal situado na Baía desta vila piscatória, e ainda em algumas tardes houve animação no Palco Cidadela (novidade desta edição das Festas do Mar) em que também passaram por lá músicos tais como Tontos, Maria Bradshaw, Cherry, Madrepaz, Bateleurs, Valada e Namorados da Cidade. Este tipo de actuação género de Sunset party, que permite um momento de descontracção ao fim da tarde, algo que está a ganhar moda.
Alguns artistas já tinham actuado no palco principal no passado, contudo o seu regresso é sempre uma festa.
O primeiro dia de tarde atuaram os Tontos, e a noite ficou marcada pela música de Flak e do Virgul.
Ao longo das restantes noites passaram por Cascais: Basset Hounds, Jorge Palma & Sérgio Godinho, Her Name Was Fire, Anselmo Ralph, Gonçalo Bilé, Fernando Daniel convidando os Átoa, Enoque, Paulo Gonzo, Silvana Peres, Ana Moura, Look a Like, Ana Vitória, Sô Gonzalo, Amor Electro, Mur Mur, The Gift e no último com Boémia na primeira parte da grande celebração do regresso dos Delfins a este palco com a Orquestra Sinfónica de Cascais e os seus convidados.
O fado, como tendo vindo a ser tradição, tem o dia marcado para a Quarta-feira, primeiro com o “Fado à Janela” nos Paços do Concelho (com as vozes dos fadistas Gonçalo Castelbranco e Sara Paixão) acompanhados à viola, guitarra portuguesa e baixo. Logo de seguida, já no palco principal, a noite pertenceu a Silvana Peres e Ana Moura.
Para finalizar em grande este festival, um dos poucos gratuitos ao longo do país, reuniram-se os Delfins (banda que terminou há cerca de 10 anos) para um concerto com convidados como Ana Bacalhau, Héber Marques, Joana Espadinha, João Pedro Pais, Maria Leon, Miguel Gameiro, Olavo Bilac e Tim. Foram acompanhados pela Orquestra Sinfónica de Cascais, conduzida pelo maestro Nikolay Lalov. A actuação esteve dividida numa parte com seus convidados em palco e outra com a banda acompanhada pela Orquestra para dar aos seus fãs um momento de nostalgia da mítica banda de Cascais.
O final foi marcado pelo tradicional Fogo de Artifício.
Texto: Vera Brás
Fotos: Pedro MF Mestre (ver álbuns em “Espaço Cultural”)