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A Refood, Núcleo de Cascais, teve mais uma edição de um espectáculo de fado de beneficência a 9 de Julho no Auditório da Boa Nova no Estoril pelas 18h00. Este foi em tributo à rainha do fado, Amália, com um bom leque de artistas e músicos.
A Refood nasceu em 2011 através de Hunter Halder, um cidadão norte-americano residente em Portugal, num exercício em conjunto com a sua filha mais velha sobre o destino da comida confecionada não servida. Aí nasceu o conceito de fazer a ponte entre a restauração s e as famílias necessitadas. Isto é possível através de uma rede de voluntários nos vários Núcleos geográficos onde estão presentes. Neste momento a Refood já se internacionalizou, levando para fora de Portugal esta boa prática em prol de evitar o desperdício alimentar e poder entregar uma refeição confecionada a quem mais necessita. O seu fundador esteve presente deixando umas palavras de agradecimento a todos os que contribuem para esta causa sensivelmente a meio do espectáculo.
O Núcleo de Cascais foi fundado em 2015 e neste momento conta com 105 voluntários, apoia 77 famílias totalizando 206 pessoas ajudadas. Edmundo Silva é o seu coordenador.
Este espectáculo de fado em tributo a Amália Rodrigues teve a adesão de 210 espectadores, organizado por este Núcleo, mais em concreto por Isabel Blanco Ferreira e Jaime Ferreira. Para além do apoio de várias instituições e dos artistas presentes, ainda houve um donativo da WRVS -Associaçao Real de Serviços voluntários de Mulheres. Os organizadores fizeram os respectivos agradecimentos a todas as entidades e pessoas que contribuíram para a realização do “Refado – Tributo a Amália” já na fase final do evento.
A apresentação do espectáculo esteve a cargo de Ana Zanatti e Eládio Clímaco.
O evento começa com uma guitarrada, de seguida cada artista interpreta três temas, deixando para o final o “Fado Amália”, com a voz dos artistas que ainda presentes no evento.
Nos instrumentos estiveram Diogo Lucena e Quadros na Guitarra Portuguesa, Jaime Santos Júnior na Guitarra de Fado e Luís Roquette no Baixo.
O primeiro cantor a entrar em palco foi José da Câmara com os temas: “Estranha forma de vida”, “Nem às paredes confesso” e “Oiça lá oh senhor vinho”.
De seguida actua o jovem Miguel Moura oriundo de Moura, com uma excelente voz e com uma promissora carreira pela frente. Ele deu à sala os fados: “Povo que lavas no rio”, “Foi Deus” e “Gaivota”.
Silvana Peres cantou-nos “Saudades do Brasil e Portugal”, “Não sei porque te foste embora” e “Noite de Sto António”.
De seguida Teresinha Landeiro dá voz aos temas: “O tempo”, “Carlos da Maia Quadras” e “Lisboa à noite”
Já Diamantina canta: “Júlia Florista”, “Conta Errada” e “Namorico da Rita”
Tânia Oleiro trouxe consigo os fados: “Amor sou tua”, “Cansaço” e “Zanguei-me com o meu amor”.
Maria Ana Bobone com a sua voz e ao piano, interpretou: “Que Deus me perdoe”, “Fado xuxu”, “Carco negro”.
António Pinto Basto, fecha as vozes a solo com: “Avé Maria fadista”, “Maria da Cruz” e “Casa Portuguesa”.
Como já referido, a fechar o espectáculo contou-se com os fadistas presentes a interpretar
“Fado Amália”.
A cada artista foi entregue um ramo de flores em forma de agradecimento pela sua disponibilidade para apoiar esta causa.
Aguardamos pelo próximo espectáculo solidário. É uma iniciativa que o Núcleo da Refood de Cascais tem com alguma frequência em que proporciona um agradável momento musical aos espectadores que apoiam o seu trabalho.
Texto: Pedro MF Mestre
Fotos: Alexandre Rosado Albuquerque e Pedro MF Mestre
Fotos de Alexandre Rosado Albuquerque
Fotos de Pedro MF Mestre
O Coro Gulbenkian actuou na tarde de 27 de Junho no Salão Preto e Prata do Casino do Estoril num concerto “Cole Porter and Friends”.
A direcção esteve a cargo do Maestro Jorge Matta, ao piano Óscar Graça e no acordeão João Barradas. O coro contou com 18 vozes masculinas e femininas alguns destes elementos para além do coro também desempenharam a arte de solistas.
Cole Porter and Friends…
Este compositor, elaborou centenas de canções com o destino de serem utilizadas em musicais, comédias e filmes… tendo sempre um grande sucesso. Várias vozes as cantaram e músicos as interpretaram ao longo dos tempos fosse a solo, orquestras entre outras formações. Ele tinha um estilo muito especial, usando muita naturalidade nas melodias, harmonia que ficava no ouvido e a facilidade como eram cantadas por todos.
Cole Porter contou com o apoio e amizade de diversos nomes do meio tais como como Irving Berlin, Jerome Kern, George Gershwin, Richard Rodgers, os irmãos Richard e Robert Sherman, e Marvin Hamlish. Os temas remontam entre os anos 20 e 70 do século passado.
Neste concerto revisitaram-se as canções:
Someone to watch over me, 1926 (George Gershwin)
S’ Wonderfull, 1927 (George Gershwin)
Musical “Showboat”, 1927 (Jerome Kern)
Embraceable you, 1928 (George Gershwin)
Musical “Paris”, 1928 (Cole Porter)
Night and Day, 1932 (Cole Porter)
Summertime - Ópera “Porgy and Bess”, 1935 (George Gershwin)
Blue Moon, 1934 (Richard Rodgers)
Begin the Beguine, 1935 (Cole Porter)
In the still of the night, 1937 (Cole Porter)
They can’t take that away from me, 1937 (George Gershwin)
Love is here to stay, 1938 (George Gershwin)
Ev’ry time we say goodbyeMusical “Seven Lively Arts”, 1944 (Cole Porter)
OklaomaMusical “Oklaoma”, 1955 (Richard Rodgers)
Supercalifragilisticexpialidocius, “Mary Poppins”, 1964(Richard e Robert Sherman)
OneMusical “Chorus Line”, 1975 (Marvin Hamlish)
What I did for loveMusical “Chorus Line”, 1975 (Marvin Hamlish)
O público pode apreciar a harmonia entre as vozes e os instrumentos, ainda contou com algumas palavras do Maestro Jorge Matta, que ajudou a perceber alguns temas, e mesmo desafiou para a participação do público já na fase final do espectáculo, principalmente na canção Supercalifragilisticexpialidocius, de“Mary Poppins”.
No final receberam do público uma grande ovação, de agradecimento à qualidade do concerto.
Este espectáculo no âmbito do programa Gulbenkian Itinerante resultou com uma parceria entre a Fundação D. Luís I, o Casino do Estoril e a Câmara Municipal de Cascais.
Texto e Fotos: Pedro MF Mestre
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O Salão Preto e Prata recebeu no dia 24 de Junho um espectáculo de dança em perceria entre as companhias “Dança em Diálogos” e a “Dance NOW! Miami”, e contou com a participação da Ent’Artes, designado por “ANUSIM e outros bailados”.
A parceria entre estas duas companhias de dois países distantes mas unidos na arte da dança já é recorrente, numa ligação de amizade duradoura. As coreografias a cargo de dois coreógrafos distintos, promovem um espectáculo inovador no âmbito dos projectos em cena em Portugal.
As Direcções Artisticas estão a cargo de:
Dança em Diálogos: Solange Melo e Fernando Duarte
Dance NOW! Miami: Hannah Baumgarten e Diego Salterini
As seis coreografias apresentadas em palco por ambas as companhias com um cunho muito distinto de cada uma delas, com uma luz por vezes muito baixa e intimista, e noutras mais dinâmica e com temas musicais muito diferentes entre si, durante uma hora e meia passam pelos temas:
La Malinche
Coreografia: José Limón
Música: Norman Lloyd
Remontagem e direção de ensaios: Daniel Lewis
DiValVi
Coreografia: Fernando Duarte
Música: Max Richter
Unburden
Coreografia: Hannah Baumgarten
Música: Craig Armstrong
Mitosis
Coreografia: Diego Salterini
Música: Dakota Suite & Emanuele Errante
Beethoven Variations- participação doMotus Dance Project da Ent’Artes - Escola de Dança
Coreografia: Fernando Duarte
Música: Ludwig van Beethoven
Figurinos e desenho de luz: Solange Melo
Anusim, What is Hidden is Never Lost (Estreia absoluta)
Este bailado é dedicado a Sheila Baumgarten, pelas suas irmãs, filhas, marido e amigos, por ocasião do seu 80º aniversário.
Coreografia: Hannah Baumgarten & Diego Salterini em parceria com Solange Melo e Fernando Duarte
Música original, gravação áudio e edição: Federico Bonacossa
Produção e desenho de luzes: Bruce F. Brown
Desenho de figurinos: Haydee Morales & Maria Morales
Confeção de figurinos: Haydee Morales, Maria Morales, Alberto Arroyo, Jesus Lorenzo
Texto e Fotos: Pedro MF Mestre
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A Praça dos Papagaios no Cascais Shopping recebeu a 26 de Junho a Orquestra Nacional de Guitarras e Bandolins, na sua formação reduzida com apenas seis músicos: António de Sousa Vieira (Bandolim), Jorge Carvalho (Bandolim), David Rodrigues (Bandola), César Pinto (Guitarra), Ricardo Abreu (Guitarra), João Francisco dos Santos (Contrabaixo). No som esteve Diogo Manso CC e na Produção, Pedro Gonçalves.
Durante um pouco mais de uma hora animaram um público que se dividiu entre um espaço dedicado com 30 lugares sentados, cumprindo as normas de segurança em vigor, com os visitantes que passavam, fazendo uma pausa o seu trajecto ficando a assistir a este concerto. Podiam escolher ficar de fora da zona delimitada em pé ou entrar e disfrutar do espectáculo sentado.
Esta iniciativa está inserida no programa cultural Art Fest na comemoração do 30º aniversário do Cascais Shopping, que para além desta actuação tem ainda em exibição uma exposição de arte até 4 de Julho e já contou também com uma peça de teatro.
A Orquestra teve no seu repertório temas de vários artistas de renome internacionais:
Godfather Suite - Nino Rota
Zorba Dance - Mikis Theodorakis
Celtic Fairies - Bruno Szordikowsky
Suíte Mexicana op. 16 - Eduardo Ângulo
Libertango - Astor Piazzolla
Siberian Spring - Yasuo Kuwahara
Em conversa com António de Sousa Vieira, um dos elementos fundadores que nos introduziu um pouco sobre o percurso desta Orquestra.
Iniciada em 2007, por dois elementos que vieram da Orquestra Europeia de Guitarras e Bandolins da Juventude. Depois de vários anos de estágio na europeia, regressaram e fundaram esta formação. Em Portugal, mais propriamente na região da Madeira, já havia orquestras e tunas de bandolim, mas este conceito de Orquestra de Plectro estava muito por desbravar em Portugal.
“A Orquestra neste momento é residente em Gondomar, mais propriamente em Rio Tinto. É lá que têm o seu espaço para fazer os ensaios.“
Relativamente às actividades da Orquestra, têm todos os fins-de-semana do mês de Junho preenchidos com duas actuações em cada um. Estão a recuperar agendamentos e re-agendamentos derivado à pandemia e não têm tido mãos a medir nos próximos tempos com espectáculos marcados o que é óptimo para o grupo.
Estes elementos que estiveram no Cascais Shopping são “os solistas os chefes de naipe de cada secção. A orquestra é composta por 21 músicos, mais ou menos quatro em cada naipe”.
Como a orquestra está residente em Gondomar, também têm uma temporada nesse concelho com um concerto mensal em cada freguesia. Têm actuado também por todo o país e estrangeiro.
A sua presença no estrangeiro tem sido uma constante quase todos os anos com muitos convites, nomeadamente passando pelas mais importantes cidades de Espanha. “No início da Orquestra ainda era muito desconhecido este tipo de grupo em Portugal, daí terem tido algumas dificuldades a tocar nos nossos auditórios, mas sempre tiveram muitas solicitações de Espanha. Já tiveram dois apoios da DGARTES para a internacionalização em 2015 e em 2018 antes da pandemia.“Nesse (apoio) de 2018 fomos por cinco países: Bélgica, Holanda, Luxemburgo, França e Alemanha. Fizemos uma tour europeia.”
“Estamos a preparar o nosso segundo disco, o primeiro foi editado em 2015 com o nome de “Plêiades” com obras dedicadas as compositores nacionais. Agora estamos a preparar o segundo disco com obras do compositor Fernando Lapa, que escreveu três obras para a Orquestra e vamos fazer uma edição integral.
A sua inspiração, baseia-se que com a guitarra e o bandolim em conjunto tenham este som mais orquestral que é muito comum as Orquestras de Plectro fazerem este tipo de musica orquestral e sinfónica na Europa. Só na Alemanha existem quase 2000 Orquestras de Plectro no Japão é onde existem mais praticantes e Orquestras de músicos que tocam bandolim, já para não falar em Itália onde nasceu o instrumento. Mesmo em Espanha onde há muitas e aqui tínhamos um grande nicho na Ilha Madeira mas no continente é muito residual, então tentamos agora recriar este conceito mais orquestral para divulgar os nossos instrumentos e a nossa música.”
Aguarda-se o lançamento do segundo disco da Orquestra Nacional de Guitarras e Bandolins, e mais espectáculos com todos os seus músicos.
A Praça dos Papagaios no Cascais Shopping também se revelou num excelente local da área comercial para promover este género de eventos culturais atraindo os seus visitantes para um momento de descontracção cultural.
Texto e Fotos: Pedro MF Mestre
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O Auditório do Casino do Estoril recebeu em três dias, quatro espectáculos “Uma Noite na Broadway”, com previsão de uma lotação da sala quase esgotada para todas as sessões (embora com a redução de lugares sentados de acordo com a legislação em vigor).
Durante uma hora e meia, este elenco de cantores composto por André Henriques, Diogo Novo, Sara César e Jorge Baptista da Silva e ainda as convidadas especiais Anabela e Paula Sá, revisitaram o mundo da magia da música da segunda metade do século XX e início do XXI.
Com a narração de Eládio Clímaco e recurso ao vídeo-hall para contextualizar os temas que estes artistas cantaram em palco, oriundos de musicais e do mundo do cinema tais como "O Fantasma da Ópera", "Música no Coração", "Evita", "My Fair Lady", "Os Miseráveis", “Moulin Rouge”, “Corcunda de Notre Dame” e ainda “O Rei Leão”.
Com trajes a condizer, e um jogo de luz adequado a cada cena, o elenco deu vida por alguns minutos a temas já referidos, tendo a retribuição do público com um forte aplauso de pé no final do espectáculo.
As sessões decorreram nas noites de 4, 5 e 6 de Junho, e houve ainda uma extra no dia 5 ás 16h00.
A produção esteve a cargo de “Plateias d’ Arte” com os promotores JP Beats e Artfeist.
Texto e Fotos: Pedro MF Mestre
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