Öivind Sletten
(Noruega)
Atletismo
Quem é Öivind Sletten
- 35 anos
- A viver na Noruega, na região árctica (Sol da meia-noite no verão).
- Atleta desde 94
- Lesão da coluna, nível TH6-7
- PB na Maratona - 1.32:20 (114º entre 962 no "hall of fame" desde que esta modalidade existe - cerca de 20 anos)
- Estudante
- Também trabalha um pouco como Secretário de médicos no Hospital local
Quando começou a competir a nível mais elevado? Porquê?
Comecei a minha carreira em 94. O meu progresso tem tido alto e baixos, mas os últimos 4 anos têm sido os meus melhores, olhando para os resultados.
Comecei para melhorar a saúde, fiz desporto enquanto jovem, e ansiava ter bons resultados.
O meu desporto é excitante.
Fê-lo por paixão ou para mostrar ao mundo que, apesar da diferença, pode ganhar?
Principalmente porque gosto de me manter activo, e é mais fácil treinar quando se o faz a pensar nas competições e em novos recordes. Portanto, principalmente por paixão.
Em que “classe” (T…) compete? Que tipo de deficiência física tem?
T53- competição até 800 em pista e T-54 de 1500 até maratona.
Uma lesão da coluna ao nível TH6-7 há aproximadamente 18 anos.
Nasceu com essa deficiência?
Não, conforme disse na resposta anterior.
Quantas horas por dia treina? Que precauções principais toma com a alimentação?
Em média, uma hora e meia por dia. Portanto, 11 horas por semana e um pouco menos que 600 horas por ano.
Qual o seu maior feito atlético até agora? Porquê?
O meu maior feito atlético até agora é o meu recorde de 1:32:20 na maratona de Treviso, Itália 2007, e o meu PB 10:58 em pista nos 5000m em Arbon, Suíça 2005.
Em que provas vai participar nos Jogos Paralímpicos de Pequim? Quais são as suas metas/ambições para esses jogos?
A minha melhor hipótese de me qualificar é na nos 800, 5000 e maratona.
O nível da minha lesão é bastante alto, por isso não tenho muita hipótese de vencer, mas a minha missão é tentar acabar no primeiro terço dos participantes.
É um corredor profissional ou tem outro emprego também?
Não sou um corredor profissional. Não ganho muito mais dinheiro do que o suficiente para pagar os custos de viagem para as diferentes competições por todo o mundo.
Sou também estudante, e trabalho um bocado num hospital.
Que condições tem para treinar?
As minhas condições são bastante pobres comparativamente com a maioria dos competidores.
Vivo na área árctica da Noruega, e apenas é possível treinar ao ar livre de Abril até ao princípio de Outubro.
O resto do ano tenho que treinar no meu tapete rolante.
O tempo que tenho para treinar na estrada durante o ano é pouco.
Na cidade onde vivo não há uma pista de 400 metros que possa usar, por isso tenho apenas a estrada.
Que apoios tem (patrocinadores, etc)?
Um pequeno apoio do clube a que pertenço.
Os meus custos de viagem e competição são na maioria patrocinados pela equipa nacional da Noruega.
Qual a sua opinião sobre o recente Campeonato do Mundo em Lisboa?
A competição foi óptima, o percurso, o alojamento e a forma como foi tudo organizado.
Mas eu estava com uma grande constipação, e não estava em forma para o campeonato.
E o que achou da organização?
Excelente.
Na sua opinião, que devem fazer as organizações de provas similares em Lisboa?
Encontrar um percurso em Lisboa, que seja tão rápido como um percurso para um novo recorde mundial.
Isso seria uma competição atractiva.
Um local em que seja possível obter um tempo recorde esplêndido.
Concorda com a pretensão de Óscar Pistorius de competir nos Jogos Olímpicos de Pequim, apesar de ele ser duplo-amputado e correr com próteses leves e aerodinâmicas?
Não concordo com ele sobre este assunto.
Que mensagem gostaria de deixar para os cibernautas que leiam esta entrevista?
A minha experiência nas competições em Lisboa é boa.
O transporte, alojamento e comunicação são os melhores possíveis.
Esplêndidos