18 anos ao serviço do Desporto em Portugal

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Carla Tavares

Carla Tavares
 
No ano de, 1996/97, apareceu a competir, integrada no Desporto Escolar da sua Escola, tendo dado nas vistas pela sua qualidade. Foi, por tal, convidada, pelo Prof. António Sebastião, tendo desde então, e, até à presente data, levado a cabo um trabalho conjunto com ele, que logrou dar os seguintes “frutos”:
Ø      Iniciou-se na prática do Atletismo Federado, na época de 1997/98, como Juvenil 1, e, conseguiu sagrar-se Campeã Nacional Juvenil nos 100m, com a marca de, 12,68.
Ø      Na época seguinte, 1998/99, como Juvenil 2, esteve presente, nos Jogos Olímpicos da Juventude, que se realizaram na Dinamarca, na cidade de Efsberg, tendo obtido, a 13 de Julho, o Reckord Nacional de Juvenis, na disciplina de 4x100m – 48,10 – com Cátia Ferreira, Liliana Correia e Joana Arduíno.
Ø      Em 2000/01, como Júnior 2, fez parte da Selecção Nacional Júnior, que, no Estádio Universitário, a 13/06, bateu o Reckord Nacional Júnior nos 4x100m com a marca de 46,98, com Cátia Ferreira, Liliana Correia e Joana Arduíno.
 
Eis, os pontos mais importantes do seu curriculum:
MELHORES PORTUGUESAS de SEMPRE
 
AR LIVRE
100m: Carla Tavares SCP- 11,52 (2,0) – Jogos da Lusofonia – Lx(U) – 12/07/2009 – 4ª melhor portuguesa de sempre.
200m: Carla Tavares SCP- 23,76 (1,7) – Meeting de Salamanca – 08/07/2009 – 4ª melhor portuguesa de sempre.
4x100m: 44,70 (1,7) – SN, Leiria – 20/06/2009 – Melhor marca portuguesa de sempre, Reckord Nacional, com Sónia Tavares; Naide Gomes, e, Eva Vital)
 
PISTA COBERTA
60m: Carla Tavares SCP- 7,48 – Pombal – 23/02/2008 – 6ª melhor portuguesa de sempre.
200m: Carla Tavares SCP- 24,62 – Pombal – 24/02/2008 – 10ª melhor portuguesa de sempre.
4x400m: Carla Tavares SCP- 4.42,64 – Pombal – 15/02/2009 – Melhor marca portuguesa de sempre, Reckord Nacional, com Carmo Tavares; Joceline Monteiro, e, Sandra Teixeira)
 
Títulos de Campeã de PORTUGAL de Absolutos
PISTA COBERTA
2008 - 60m: Carla Tavares FCP - 7,48 – Pombal – Campeã Nacional
2008 - 200m: Carla Tavares FCP - 24,62 – Pombal – Campeã Nacional
AR LIVRE
100m
2005 – Carla Tavares COD – 11,87 – Campeã Nacional
2009 – Carla Tavares SCP – 11,44 (+2,7) – Campeã Nacional
200m
2008 – Carla Tavares FCP – 24,91 – Campeã Nacional
4x400m
2003 – Carla Tavares COD – 3.59,79 (Lilian Silva - Susana Costa - Maria Pinto) – Campeãs Nacionais
ALTA COMPETIÇÃO
A Carla, integrou o estatuto de Alta Competição, na época de 2001/02, no seu 1º ano de Sub-23, no qual se tem mantido, até ao presente, perfazendo, em 2010, um total de nove anos consecutivos. 
Internacionalizações:
22 Junho 2002 – Taça dos Clubes Campeões Europeus (Sevilha)
4x100m: 45,27 c/Tânia Freitas, Patricia Lopes e Severina Cravid - Melhor marca da época
21 Junho 2003 – Taça dos Clubes Campeões Europeus (Velenje)
4x100m: 46,23 c/Cátia Ferreira, Patricia Lopes e Severina Cravid - Melhor marca da época 
19 Junho 2004 – Taça dos Clubes Campeões Europeus (Istambul)
4x100m: 46,39 c/Nédia Semedo, Patricia Lopes e Severina Cravid - Melhor marca da época 
18Junho 2005 – Taça dos Clubes Campeões Europeus (Salónica)
4x100m: 45,85 c/Sónia Tavares, Susana Vieira e Severina Cravid - Melhor marca da época
17 Junho 2006 – Taça dos Clubes Campeões Europeus (Salónica)
4x100m: 45,47 c/Sónia Tavares, Susana Vieira e Rafaela Almeida - Melhor marca da época
23/24 Junho 2007 – Taça da Europa de Nações (Milão)
4x100m: 44,98 c/Sónia Tavares, Susana Vieira e Patrícia Lopes – 3º lugar - Melhor marca da época
200m: 24,08 (+1,6) -7ª classificada – Rpessoal, Melhor marca da época
4x400m: 3.34,62 c/Carmo Tavares, Carla Ratão e Patrícia Lopes - Melhor marca da épocada EUROPA
21/22 Junho 2008 - Taça da Europa (Leiria)
4x100m: 45,80 c/Sónia Tavares, Susana Vieira e Patrícia Lopes – 3º lugar - Melhor marca da época
20/21 Junho 2009 - Campeonato da Europa das Nações – Superliga (Leiria)
4x100m: 44,70 (1,7) – Leiria – 20/06/2009 – Melhor marca portuguesa de sempre, Reckord Nacional, com Sónia Tavares; Naide Gomes, e, Eva Vital)
12/13 Julho 2009 – Jogos da Lusofonia
100m: 3ª classificada (Bronze) – 11,52 Rpessoal, (4ª melhor marca portuguesa de sempre) 
A Atleta, conta também, com inúmeras presenças em Meetings Internacionais, e, tem liderado, por várias vezes, os Rankings por época, das melhores nacionais, nos 100 e nos 200m.
 
- Lembra-se como e quando deu os primeiros passos no atletismo?
 
Sim, lembro-me perfeitamente dos meus primeiros passos no atletismo…comecei na escola António da Costa, no desporto escolar, juntamente com minha irmã.
 
Mas, diria antes, que me iniciei na minha rua, a competir com os rapazes.
 
Adorava fazer-lhes frente.
 
Como deve calcular, os rapazes detestam perder com as raparigas, e eu, adorava ganhar-lhes (risos).
 
Claro que por vezes perdia, mas o desporto é mesmo assim, umas vezes ganhamos outras vezes perdemos.
 
O atletismo sempre fez parte da minha vida, sempre gostei de correr… foi nas ruas da minha praceta que dei os meus primeiros passos, apesar de serem apenas brincadeiras de crianças.
 
O meu grande amigo Ivan Dias era o meu principal “adversário”, sempre em grandes disputas para ver quem era melhor, apesar de não haver medalhas… quer dizer, a grande medalha era o nosso divertimento.
 
- Qual foi a primeira prova que ganhou?
 
A minha primeira vitória foi no corta-mato da minha escola.
 
Lembro-me da minha irmã Ana fazer parte da equipa do desporto escolar, e, andar a treinar com muita determinação e garra.
 
Não sei explicar porquê, mas, ao ver o desempenho dela, tive logo vontade de me juntar!
 
Na altura, tive o apoio do professor Aníbal, que, também apoiava a minha irmã.
 
Recordo-me de treinar com muita dedicação, mas nunca pensei que em ganhar, mas sim divertir-me.
 
Como costumo dizer, devemos correr com o coração. Foi, sem dúvida, uma grande sensação.
 
Desde daí, nunca mais parei.
 
 
 
- Como é ser velocista num país “de fundistas”?
 
Bem, posso dizer que não é assim tão complicado.
 
Penso que, quem trabalha e procura ajudas para tentar evoluir, sempre consegue.
 
Não diria que este país, é um país de fundistas, mas sim de futebolistas.
 
Quando é que os portugueses, irão colocar uma bandeira de Portugal nas janelas e varandas, em apoio aos nossos atletas, sempre que haja grandes eventos, tais como os Jogos Olímpicos, Mundiais e Europeus.
 
Por outro lado, porque é assim tão difícil, vê-los na pista de atletismo, mesmo se o bilhete é de graça?!
 
- Quais são os/as jovens portugueses/as com maior futuro, neste sector da velocidade?
 
Para mim, as jovens portugueses com o maior futuro, são todas aquelas que trabalham e sonham alto.
 
São todas aquelas que, faça chuva ou faça sol, estão na pista a treinar com toda a garra que têm, mesmo que o seu sonho não seja ganhar uma medalha de ouro…
 
”Quem disse que a tartaruga não conseguia ganhar à lebre”?!
 
Um grande atleta não é só aquele que ganha e tem futuro, mas sim, todos aqueles que estão empenhados em dar o seu melhor lutando pelos seus objectivos.

- Que características considera indispensáveis para se estar entre as velocistas da "alta roda" mundial?
 
 
Tudo é importante.
 
Estar bem psicológica e fisicamente.
 
Ter condições e materiais para o desenvolvimento do treino.
 
Uma boa suplementação e alimentação.
 
Também é bastante importante ter um bom de departamento médico, com fisioterapeutas e massagistas.
 
Estas condições, devem acompanhar o atleta no seu local de treino, e, a sua acção principal, deve ser preventiva.
 
Para além disso, é indispensável ter um treinador competente, com o qual se tenha uma boa relação, e, um representante, que nos possa lançar a nível internacional.
 
- Qual o seu maior feito desportivo, até ao momento?
 
Para mim, foi quando me consagrei campeã nacional, pela primeira vez, em 1997. A minha primeira medalha, tenho que a agradecer ao meu grande treinador António Sebastião, que é sem dúvida para mim o melhor treinador do mundo.
- É profissional de atletismo ou exerce outra profissão?
 
Profissional? (risos)
 
Não me considero profissional, não dá para viver só do atletismo.
 
Infelizmente, só no futebol é que podemos ganhar milhões.
 
- Em termos práticos, o que mudou na sua vida, desde que se transferiu para o Sporting?
 
Desde que me transferi para o Sporting, quase nada mudou, apenas em termos financeiros, porque em todos os clubes que já representei, sempre fui muito bem recebida, e, sempre corri com o mesmo empenho e com a mesma garra.
 
- O que espera desta época desportiva? E do seu futuro enquanto atleta?
 
Nesta época desportiva, tenho como objectivo fazer mínimos para o Campeonato Europeu, nas provas de 100 e 200 metros.
 
Espero conseguir.
 
- No desporto, qual é o seu maior ídolo? E na vida? Porquê?
 
No meu desporto, o meu maior ídolo, é, sem dúvida, o meu treinador António Sebastião, porque todos os dias está comigo na pista a dar-me apoio, e, sempre esteve ao meu lado, em todos os momentos da minha vida.
 
É sem dúvida, o meu maior ídolo.
 
Na vida, é a minha mãe.
 
Devo-lhe tudo.
 
Sempre me ensinou a lutar de uma forma honesta e humilde, sempre me ensinou a nunca ter medo de nada, e, a saber enfrentar os desafios da vida.
 
- Por ser atleta, tem que se privar de algumas coisas de que gosta?
 
Sim, principalmente na alimentação, adoro Coca-Cola, batatas fritas, mousse de chocolate, ketchup… (risos), e isso não pode entrar na minha ementa.
 
Por outro lado, tento sempre dormir cedo, para estar nas melhores condições para treinar.
 
- Como é que consegue conciliar as vertentes familiares, profissional, social e desportiva, no seu dia-a-dia?
 
Costumo dizer que devemos ser responsáveis pelo nosso tempo, por isso, tenho que saber organizar-me.
 
Não ando sempre com um cronómetro no bolso, nem com uma agenda na mala (risos), é só uma questão de me organizar, arranjar tempo para treinar, estudar, trabalhar, e, estar com a minha família e amigos.
 
- O que gosta de fazer nos seus tempos livres?
 
Adoro fazer muita coisa, ir ao cinema, teatro, viajar, ler, passear na praia… de estar com a minha família e com os meus amigos, pois eles são a minha força.
 
Adoro viver.
- Indique-nos um disco, um livro e um filme que façam parte das suas preferências.
 
Um disco, Joss Stone.
 
Um livro, de Paulo Coelho, “Monte Cinco”.
 
Um filme, “Braveheart”.
 
- Como perspectiva o seu futuro, depois da prática do atletismo?
 
Depois da prática do atletismo, pretendo continuar a dirigir o restaurante da minha mãe.
 
- Que mensagem quer deixar, a quem lê esta entrevista?
 
A mensagem que quero deixar, é que tudo vale a pena para concretizar os nossos sonhos, mas sempre de uma forma, honesta, correcta, humilde e com muito trabalho.
 

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024 – 04:22:09

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