Joana Schenker esteve, hoje, à beira de voltar a fazer história no 26º Sintra Portugal Pro, chegando à final da etapa portuguesa do Circuito Mundial de Bodyboard IBC (International Bodyboarding Corporation) onde perdeu frente à amiga Sari Ohara, do Japão.
Pelo caminho, bateu, nos quartos-de-final, outra japonesa, Namika Yamashita, e nas meias-finais a nova campeã mundial, Isabela Sousa, do Brasil.
Na bateria decisiva, em condições extremamente difíceis, com a ondulação a cair muito relativamente aos dias anteriores, Joana, que liderou o heat em quase a sua totalidade, foi ultrapassada por Sari Ohara nos derradeiros minutos (10,65 contra 8,75).
No final, a bodyboarder algarvia de 34 anos não escondeu alguma frustração:
“Este campeonato era pela vitória no próprio campeonato e não pelo ’ranking’ que já está seguro e com o título entregue. Fiquei a noventa por cento do objetivo, mas estou contente de qualquer forma, ainda mais neste campeonato sempre tão difícil. E a Sari não brinca aqui, ela é, normalmente, a mais forte do Mundial neste tipo de condições e sabia que qualquer oportunidade que ela tivesse ia capitalizar. Estou contente porque é a primeira final do ano, mas, admito, soube a pouco.”
No polo oposto, Sari Ohara, que venceu o Sintra Portugal Pro pelo terceiro ano consecutivo, numa demonstração de domínio só igualada pela brasileira Neymara Carvalho (2002, 2003 e 2004), estava obviamente feliz e até emocionada por ter vencido a grande amiga Joana Schenker, ao ponto de ter chorado abraçada à portuguesa na hora do pódio.
“Sintra tem um lugar especial no meu coração. O Sintra Portugal Pro foi o eu primeiro evento internacional, quando tinha 16 anos [hoje tem 27], e Portugal é muito importante para mim. Esta foi a minha primeira final com a Joana, ela é a minha melhor amiga no circuito pelo que estava muito nervosa e sabia que tinha de fazer algo diferente para lhe ganhar. Mas fiz o que sei fazer melhor e resultou.”
Joana Schenker conquistou, além do segundo lugar, também o troféu destinado ao melhor bodyboarder português, mas as cores nacionais ficaram bem representadas, com duas bodyboarders lusas no terceiro lugar “ex aequo” da categoria pro junior feminina, Mariana Padrela e Mariana Silva, mais Joel Rodrigues também no terceiro lugar do pro junior masculino, além de Daniel Fonseca e Stephanos Kokorelis no quinto lugar da categoria open masculina que, recorde-se, foi ganha por Pierre Louis Costes, francês residente em Portugal.