Boa parte dos Jornalistas da área do Desporto estão a passar momentos de dificuldade que põem em causa o desempenho de uma profissão que é essencial para a Sociedade e para o Desporto.
No início de mais uma época desportiva, e na continuação de uma tradição de sublinhar esse novo tempo anualmente, a direção do CNID - Associação dos Jornalistas de Desporto não pode deixar de alertar mais uma vez para esta situação, tanto mais que é público e notório que, por exemplo, no Global Media Group há jornalistas colaboradores com meses de retribuições em atraso. Algo inaceitável em qualquer empresa e ainda mais quando se trata de pessoas essenciais ao funcionamento dos Órgãos de Comunicação Social.
De qualquer forma, os Jornalistas sabem que mesmo sem pagamento, têm que trabalhar da mesma forma, cumprindo todos os requisitos da profissão. Ou têm que ser ainda mais rigorosos se possível, porque não podem falhar. É essa a natureza da mais bela profissão do mundo, porque conta os outros procurando ouvir todos os interesses atendíveis e porque está sujeita ao escrutínio de entidades que lhe acrescentam credibilidade.
A mais bela profissão do mundo é hoje mais importante do que alguma vez foi. É o farol dos cidadãos, que têm direito a distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso, o que é seguro e o que é apenas especulação. Neste mundo de excessos das redes sociais, não se pode viver sem Jornalismo. No desporto ainda pior, com todas as paixões cegas associadas.
Neste momento, que se pode considerar simbolicamente de início da época, o CNID apela a que todos os Jornalistas sejam luzes de independência e de integridade no Desporto, não contribuam para aumentar tensões, nem para ruídos sem nexo. E devem ser, sim, implacáveis a exigir rigor e seriedade nas competições e a escrutinar procedimentos e condutas. É. Isso que se espera de todos.