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Conquistadores em grande no fecho do 18º Troféu MR BMW-Michelin FMP 2014

Um rebuscado e espectacular percurso turístico da Régua a Penafiel fechou novamente em grande o Troféu de Moto-ralis Turísticos da FMP, desta feita o 18º, e uma vez mais com o patrocínio da Michelin e BMW, numa grande organização dos Moto Clube Conquistadores de Guimarães, no fim de semana de 8 e 9 de Novembro de 2014.

 

Término em grande pois foi o moto-rali turístico mais participado do ano com mais de uma centena de motociclistas divididos por 68 motos de todo o país e os seus últimos metros foram percorridos numa pitoresca rua em túnel do centro histórico de Penafiel com nada mais, nada menos, que um “casamento” a aguardar os divertidos mototuristas.

 

O dinâmico clube vimaranense foi, pela 5ª vez, o motoclube mais participativo do troféu e o que mais motociclistas cativou para o seu evento. Já os mais regulares de 2014 foram João e Carla Krull, do MC Albufeira (clube que assim inscreve pela primeira vez o seu nome neste historial), seguidos pelos incontornáveis Fernando e Carla Silva e ainda Rui Oliveira e Vera Cardoso do Góis MC.

 

E agora vamos à passeata: os Conquistadores fazem questão de começar os seus trajectos no preciso local onde terminou o seu moto-rali do ano anterior. Como tal, o “tiro de partida” foi dado no Alto Douro, na cidade do Peso da Régua e mais precisamente na hospitaleira Quinta  de S. Domingos - Castelinho. Mas o S. Pedro não estava pelos ajustes e ofereceu a todos um sábado de água. Muita água. Com nuvens baixas, ambiente cinzento e de pouca visibilidade, tempo que retirou quase toda a beleza a um trajecto que não só atravessava uma região bem panorâmica como dificultava os acessos às aldeias, monumentos, miradouros e outros locais desconhecidos que esta equipa de Guimarães, de grande sensibilidade para o mototurismo se esforça por dar a conhecer.

 

A comprida etapa em linha de sábado, de mais de 130km entre a Régua e Penafiel, raramente tocou no asfalto de uma estrada nacional. As quase sete horas necessárias para a percorrer diziam tudo. Num mergulho ao mundo rural, os cantinhos fantásticos, bosques e soutos, quintas, vinhedo, casas recuperadas à traça, aquedutos e ermidas que compuseram o itinerário, quase sempre pela bem promovida Rota do Românico, deixou uma vontade enorme de voltar em tempo seco e ensolarado. Fotos de sábado? Quase nenhumas que as máquinas fotográficas não se dão bem submersas.

 

Parabéns também a todos os condutores que já há muito um moto-rali turístico não obrigava a tantas “unhas” por parte dos motociclistas. As constantes subidas e descidas íngremes e sinuosas em paralelos e calçadas - por vezes em terra batida - obrigaram à concentração de todos, sempre com brio e gosto. Afinal quando saímos de casa é à procura de locais novos e bonitos.

 

A primeira surpresa matinal aconteceu no Castelo da Penajóia, cabeço rochoso das faldas do Montemuro ligado a uma lenda de mouras que encontrou a sua jóia perdida pondo-lhe o pé em cima. Claro que para além da escalada  houve jogo a condizer, com um anfitrião casal árabe.

 

O imponente mosteiro de S. Martinho de Mouros seguiu-se no roteiro. Pedras seculares e bifanas do Paulinho. Condizem.

 

O Douro corria para o Porto, a disposição era boa e seguimos as margens do rio de maior caudal da Península Ibérica. Quase que seguíamos na corrente também. Pouco depois estavamos em Abragão, com a Junta de Freguesia a oferecer o terceiro petisco da manhã e com motos antigas em exposição.

 

O almoço fez-se rápido, quase sem tirar impermeáveis.

 

À sobremesa, mais pormenores arquitectónicos de eleição, entre quintas e ruelas só para motos. Abragão é bem interessante, bem como todas povoações das margens do Tâmega e Sousa.

 

A petisquice também se seguia, ora no cais de Entre-os-Rios - impressionantes as marcas da cheia de 1906 no terceiro andar (!!) das casas - ora noutra ermidazinha de Eja. Com os motoclubes do norte é assim. Estamos sempre a comer! A chuva persistente não esmorece ninguém de barriga cheia.

 

E já sem sol a comitiva arribou ao Pena Hotel para mudar de roupa e seguir para a jantarada com que terminou a primeira etapa deste “Vamos Dar-lhe Pena Fiel”, nome do evento.

 

Felizmente o domingo acordou seco e até ensolarado, apesar de frio.

 

Teríamos pela frente 44 km de quelhos, pelo melhor casario rural do concelho penafidelense.

 

Os Conquistadores tem mesmo habilidade para descobrir os caminhos mais pitorescos e bucólicos. E foi assim que fomos dar à sede do MC Vale do Sousa, agradáveis instalações de um clube que daqui a dias montará a sua Concentração com que tradicionalmente encerrará o respectivo calendário nacional.

 

Bem recebidos com cafezada e doce regional, os mototuristas agradeceram a simpatia e continuaram para moinhos ainda a funcionar junto a um irreverente Rio Sousa, furioso entre rochedos. E de seguida, a caminho de Guilhufe, nova pérola: a seguir a uns milheirais, surge uma pontezinha sobre o mesmo rio onde algumas motos quase tiveram de tirar as malas para passar. Foi engraçado ver passar turísticas, R’s e maxiscooters em tão curioso cenário.

 

A Junta de Freguesia de Guilhufe e Urrô juntaram-se à festa. Acertaram: mais comida! E lá foi a comitiva deliciada para Paço de Sousa e sua bem preservada periferia, entre casas graníticas, prados e carvalhais. Finalmente havia sol para alegrar as almas.

 

E a mais bonita paragem do MR aconteceu aqui. A bem preservada, ou melhor, restaurada e reconstruída, aldeia de Quintandona (na freguesia de Lagares, essa do Extreme Enduro) mereceu sessão fotográfica.

 

As casas de xisto e lousa envolveram as motos e o caldo feito no pote soube pela vida. Foi o melhor sabor do fim de semana. Que jóia, esta aldeia, a cerca de 30 minutos do Porto, apenas. Uma excelente proposta de fim de semana ou momentos de lazer, já que tem muita oferta turística e com um charme e nostalgia invulgar.

 

Faltava o regresso a Penafiel. E que regresso, entrando na Rua de Puços por baixo, uma calçada antiga, estreita entre altos muros graníticos. A tal rua que termina em túnel bem no coração da cidade, de forma a “Sentir Penafiel”. E aí dávamos com os organizadores do MR vestidos de noiva, noivo, padrinhos, padre e menino das alianças! A galhofa foi geral perante o olhar espantado dos motociclista que saíam a conta-gotas do quelho, da população local e autarcas que se juntaram à festa e foto final.

 

Com almoçarada de encerramento na espectacularmente bem mantida Quinta de Segado (que regresso ao passado), consagraram-se vencedores e fez-se o rescaldo deste Troféu MR Michelin – BMW que envolveu 233 equipas a uma média de 39 por passeio, exactamente igual a 2013. E para 2015 as organizações devem ser mais.

 

A Comissão de Mototurismo da FMP aproveita para agradecer a todas – e foram muitas – instituições que se revelaram essenciais para o sucesso deste ano turístico que assim termina. Patrocinadores, clubes, autarquias, colectividades e participantes!

 

 

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