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A equipa de seniores femininos da AJM/FC Porto conquistou hoje a sua primeira Supertaça ao superar, num Pavilhão Municipal de Vila Flor cheio de adeptos entusiásticos, o Leixões SC, tricampeão nacional em título, num jogo empolgante, disputado por duas equipas que parecem bem apetrechadas de reforços para enfrentarem as duas competições, Campeonato e Taça de Portugal, que ainda podem ser conquistadas esta época.
1.º Set (29-27)
O campeão nacional entrou muito bem no jogo (4-1), com os seus serviços a criarem alguns problemas à recepção contrária. A AJM/FC Porto que, tal como a sua opositora, é apontada como uma das candidatas ao título nacional, reagiu bem e igualou, equilibrando (9-9) e passando para o comando no marcador logo de seguida (12-10).
A diferença, embora curta, mantinha-se (17-15). A ânsia de vencer, misturada com algum nervosismo, de ambas as equipas era vísivel nos serviços falhados (21-19).
O parcial atingiu o seu auge nos momentos finais, com as matosinhenses a conseguirem passar para a frente no marcador, mercê da eficácia do seu bloco (25-24).
Um serviço de Bárbara Gomes colocou a AJM/FC Porto novamente na frente (26-25), mas um «ás» de Savannah Rainford foi a resposta das leixonenses (27-26), que acabariam por chegar ao triunfo após um ataque de outro reforço, Cassidy Baird, e um ataque falhado pelas portistas: 29-27.
2.º Set (25-23)
O segundo set começou sob o signo do equilíbrio (7-7, 12-12), com boas jogadas de parte a parte, mas também alguns erros no serviço (Leixões SC) e no ataque (AJM/FC Porto).
Na recta final, a AJM/FC Porto adiantou-se com um ataque de Bárbara Gomes (18-16), mas o Leixões SC passou para a frente, com um ataque e um serviço da sua capitã, Carla Sousa, e com um bloco triplo (20-19).
Um bloco de Victória Pinto ainda deu esperanças às portistas (23-24), mas um erro acabou por permitir mais um triunfo das matosinhenses: 25-23.
3.º Set (17-25)
Um série de ataques para fora desferidos pelo Leixões SC (1-5) motivaram uma «chamada para reflexão» por parte do treinador Miguel Coelho.
Um ataque de Victória Pinto, seguido de dois ataques falhados pelas matosinhenses, aumentaram ainda mais a diferença (9-2). Novo ataque para fora, seguido de um serviço directo de Victória, deu maior robustez ao avanço portista (12-3).
A recuperação das campeãs nacionais parecia «missão impossível», mas fez-se sentir (11-16). Contudo, Tânia Oliveira estancou a hemorragia pontual da AJM/FC Porto com um ataque indefensável.
Um ataque de Victória Pinto fixou o resultado em 25-17.
4.º Set (16-25)
Bom início da AJM/FC Porto (3-0), prontamente anulado pelo Leixões SC (7-7).
Quatro pontos consecutivos rubricados pela AJM/FCP (17-11) motivaram um toque a reunir por parte do Leixões SC. Um serviço directo de Victória Pinto tornou tudo ainda mais difícil para as matosinhenses (20-12).
Um ataque de Bárbara Gomes selou a contagem: 25-16.
5.º Set (6-15)
Dois serviços directos de Carina Moura deram vantagem às vencedoras da Taça de Portugal (4-2). Um ataque de Victória dilatou a distância pontal (7-3).
A motivação das portistas contrastava com a descrença das leixonenses, que acumulavam erros, sobretudo no ataque (3-11).
Bárbara Gomes voltou a fechar o set no ataque: 15-6.
As leixonenses Maria Noel Pandulli, com 22 pontos, e Carla Sousa (16) e as portistas Bárbara Gomes (19) e Victória Alves (16) cotaram-se como as melhores pontuadoras do jogo.
Rui Moreira, treinador da AJM/FC Porto:
"Foi importante conseguirmos a reviravolta. A partir do momento em que o nosso serviço funcionou, o bloco passou a ser mais eficaz.
Nos dois primeiros sets fomos infelizes nos momentos finais, pois liderámos o marcador quase até ao fim e acabámos por perder os dois parciais.
Vencemos o jogo pela qualidade do grupo, pois temos mais opções e fizemos algumas alterações que permitiram um resultado expressivo nos sets seguintes.
Agora, temos um Campeonato e uma Taça para preparar".
Miguel Coelho, Treinador do Leixões SC:
"O início do jogo foi equilibrado, mas o Leixões SC foi melhor nos dois primeiros sets. Depois, o nosso adversário melhorou o seu jogo e nós acusámos um pouco o facto de esta ser uma equipa nova e que precisa de passar por momentos de pressão como este para evoluir.
Falhámos no serviço porque fazia parte da nossa estratégia arriscar e criar pressão na recepção da AJM/FC Porto. Continuamos a tentar crescer, mas sabemos que isso demora tempo.
Agora? temos duas competições para vencer".