O Sport Algés e Dafundo é um clube desportivo amador, de perfil ecléctico e vocação competitiva e olímpica.
Foi fundado em 19 de Junho de 1915 e é titular do estatuto de utilidade pública desde 9 de Novembro de 1931.
Praticando muitas e diversas modalidades desportivas, nos mais diversos escalões etários, é uma colectividade com grande impacto na juventude da sua região (mais de 2.000 atletas em actividade), não só do ponto de vista desportivo, como também do da integração social dos jovens.
No conjunto destas modalidades, o Algés representa hoje um dos principais pólos de desenvolvimento desportivo amador do País, o que é bem comprovado pelos resultados obtidos nas mais significativas provas em que tem participado ao longo dos últimos anos e onde tem acumulado sucessivos títulos nacionais, femininos e masculinos.
A par das suas prestações nacionais, possui ainda um palmarés invejável no que respeita a provas internacionais. Para além de inúmeras participações em campeonatos europeus e mundiais, esteve representado com 47 atletas seus de Natação, Ginástica Rítmica, Judo e Vela nas diversas edições dos Jogos Olímpicos desde 1952, a esmagadora maioria dos quais continuou a praticar no Clube ou transitou para a equipa técnica das respectivas modalidades.
Sem prejuízo destes resultados, um dos grandes pilares do clube continua a ser a sua dedicação à formação – desportiva e humana – dos jovens, nas várias modalidades desportivas que cultiva, como também no Sector de Ensino que mantém desde há quatro décadas, sendo mesmo considerado uma das mais importantes colectividades do nosso País nesta área.
HISTORIAL
A FUNDAÇÃO DO SPORT ALGÉS E DAFUNDO
Em 1913, Domingos Francisco Veloso de Lima organiza um Grupo de Futebol, composto, entre outros, por Mário de Almeida, os irmãos Cunha, os irmãos Alfredo, Albano Pimenta Araújo e Rodrigo Bessone Basto.
A esse Grupo de Futebol deram o nome de Sporting Club Dafundo, usando as suas cores nas camisolas.
Treinavam num terreno onde posteriormente estiveram instalados os Bombeiros Voluntários do Dafundo.
Pouco tempo depois são convidados para jogar nos Olivais. Como não tinham jogadores que chegassem, Domingos Lima vem a Algés, onde existia outro grupo chamado Algés Footbol Club, e pede-lhe um reforço. Deste modo conseguiram ganhar o desafio.
Este pedido de jogadores ao Algés Footbol Clube repete-se por mais algumas vezes, até que chegou o dia em que novo pedido é feito, mas não é satisfeito. Propõem, antes, a Domingos Lima que entre para a Direcção do Clube. Todavia, este não aceita e sugere a fusão do Sporting Clube Dafundo com o Algés Footbool Clube.
Proposta aceite e o grupo passa a chamar-se SPORT ALGÉS E DAFUNDO.
O novo clube nasce no dia 19 de Junho de 1915 e adopta como cores o verde e o branco, decidindo dedicar-se à natação, ao pólo aquático (ou water polo, como então preferencialmente se dizia) e às actividades náuticas (vela e remo).
Entram então muitos novos sócios, entre os quais Raul Cordeiro e o Pai, José Cordeiro, os irmãos Mesquita, Francisco e Gabriel, Carlos Testa, José Pedro de Moura, Francisco Alves e Zolá da Silva.
Como nenhum dos antigos clubes tinha sede, Domingos Lima alugou uma casa na extinta vila Matias, n° 31.
Em 15 de Outubro de 1916 muda-se para aquela que seria a sua segunda Sede, no ainda existente prédio do n° 7, 1 ° andar, do Largo da Estação.
Ali se manteve até à construção do Estádio Náutico, e ali se discutiram, como recordava Fernando Sacadura num artigo de memórias inserto na publicação comemorativa do 41° aniversário, muitos problemas ligados à natação, se delinearam organizações afamadas de provas de rio, que emprestaram invulgar movimento e colorido ao Tejo com grandes flotilhas de acompanhamento, se estabeleceram bases de campeonatos de Water Polo, se meditou sobre estilos de nadar (o Findgem era o mais vulgar) e se assentaram as ideias que originaram a construção do Estádio Náutico, que deu apreciável impulso para o desenvolvimento das modalidades.
OS PRIMEIROS TEMPOS
Até à construção da piscina, os nadadores treinavam no rio Tejo, na praia de Algés.
O crescimento do Clube nos primeiros tempos de vida deve-se fundamentalmente ao facto de entre os seus fundadores se contar o mais extraordinário nadador revelado naquela época, Rodrigo Bessone Basto, vencedor incontestado, de 1916 a 1926, de todas as provas de rio, as famosas travessias, únicas que era possíveis realizar, por não haver piscina.
O Ginásio Clube Português organizava todos os anos uma prova marítima da Trafaria ao Bom Sucesso. O vencedor era sempre o às Formosinho.
Domingos Lima, amigo de Eugénio Picardo, propõe-lhe experimentar o Rodrigo Bessone na Travessia do Tejo. Para isso, era necessário alugar uma chata para o levar à Trafaria. Contactaram o marinheiro, que lhes pediu 10 escudos. Não havia dinheiro. Domingos Lima fica triste de tal maneira que Eugénio Picardo, ao vê-lo tão penalizado, tomou uma decisão. Picardo tinha um anel que lhe tinha sido oferecido por sua mãe na hora da morte. Resolveu empenhá-lo, na condição de Domingos Lima, no final do mês, lhe dar 5$00 para o poder levantar.
Chegados à Trafaria, dá-se a partida para a Travessia do Tejo. E lá partiu, entre outros, o Campeão Formosinho. No entanto, Bessone Basto, inesperadamente, chega em primeiro lugar. Os homens dos foguetes, ao verem chegar aquele nadador, julgando que era o Formosinho, trataram logo de lançar os foguetes. Ao verificaram o erro, foi um escândalo.
A este excepcional nadador se juntaram outros, em prova de rio e em Pólo Aquático.
Foi precisamente nesta última modalidade que o Algés ganhou o seu primeiro Troféu, a pequena “Taça Maria Emília”, num torneio organizado junto à Praia da Cruz Quebrada, em 24 de Setembro de 1916.
AS TRÊS PRIMEIRAS TAÇAS
TAÇA “MARIA EMÍLIA” - PRIMEIRA TAÇA CONQUISTADA PELO SAD
Foi ganha num desafio de Pólo Aquático na praia da Cruz Quebrada, entre a equipa do SAD e uma equipa de desportistas de outros clubes a banhos naquele local.
A data gravada (24 de Setembro de 1916) é posterior às das a que a seguir se faz referência e foi oferecida pelo Visconde de Silva Resende à organização.
A equipa do Algés era composta por:
ALBANO PIMENTA ARAÚJO
RAUL CESAR CORDEIRO
EDMUNDO CUNHA
JOSÉ PADINÃ
JÚLIO BATISTA
GABRIEL MESQUITA
FRANCISCO MESQUITA
Desconhece-se o número de golos marcados, mas sabe-se que a diferença foi razoável.
TAÇA “AWATA” NADADOR COMPLETO
Tem a data de 25 de Maio de 1916.
Premiou três corridas de 100 metros, sendo uma de estilo bruços, outra em over-arm (estilo arcaico percursor do crawl) e a última em trudgeon (estilo alternativo do crawl).
O especialista em velocidade ANTÓNIO SANTOS GRAÇA (filho do banheiro da praia de Algés, Sr. Padrotes ) conseguiu ganhar a Taça.
As provas efectuaram-se em frente do Posto Náutico do Clube Naval, no Cais do Sodré.
TAÇA DE MERGULHO EM EXTENSÃO
Tem a data de 10 de Setembro de 1916.
Foi ganha no concurso de mergulho em extensão efectuada na praia de Cascais. O nosso atleta MANUEL ELOY MONlZ ganha a prova por 3 metros.
OS SÍMBOLOS
A 18 de Março de 1916, é aprovado o desenho do primeiro emblema do Clube e o seu galhardete.
Era um triângulo branco com faixas verdes perpendiculares e, no cruzamento, uma bola de Water Polo com as iniciais do SAD.
A 22 de Maio, o desenho do galhardete é modificado, sob o projecto de Pedro José de Moura, passando a figurar no centro a Cruz da Ordem de Cristo.
Em Julho, dá-se a terceira modificação do galhardete, sendo a Cruz da Ordem de Cristo substituída pela Cruz de Malta.
A CONSTRUÇÃO DO ESTÁDIO NÁUTICO
Estamos em 1928.
O Algés tem apenas treze anos.
No entanto, os desempenhos dos atletas marcam já uma posição no desporto nacional.
Todavia, se os resultados desportivos são mais do que satisfatórios e animadores, já o mesmo não sucede com a parte administrativa. Em numeração os associados vão já nos três mil, mas aqueles que cumprem as suas obrigações associativas não ultrapassam os duzentos.
A projecção do Clube impõe a sua comparência em todas as provas que se realizam por esse País fora. É ainda o tempo do amadorismo puro. Não há abonos para deslocações e estadias.
Por isso, um facto que já não causa estranheza é aparecerem periodicamente pelos pavilhões de Algés uns rapazes (quase sempre os mesmos) com um papel na mão a implorar dos frequentadores assíduos daqueles recintos uma ajuda para a deslocação dos seus nadadores a uma prova na praia X a que o Algés não deve nem pode faltar. Mas não são só as deslocações. Há que contar com as despesas da manutenção da sede, ali no Largo da Estação, tais como a renda, consumo de água e luz, impressos e outras despesas que o rendimento da cotização não cobre. O déficit vai aumentando e o descrédito do Clube, sob o ponto de vista financeiro, começa a ser assustador.
É então que Bessone, naquela época na força da vida, que já tinha firmado o nome do Clube desportivamente com as suas vitórias surpreendentes, resolve assumir a presidência da Direcção e propõe um elenco de que fazem parte, além dele, outro grande nadador e companheiro, Basílio dos Santos e mais uns tantos carolas que ele, com o seu entusiasmo e dinamismo, arrasta no desejo da reforma completa da parte administrativa.
Terminado o primeiro ano de gerência, verificou-se que a dívida do Clube, que na tomada de posse da Direcção se elevava a mais de doze mil escudos, verba assaz elevada para a época e principalmente para as possibilidades do Clube, se podia considerar saldada graças às medidas drásticas que haviam sido tomadas, ao apelo aos amigos do Clube e ainda à reorganização dos serviços de Tesouraria.
Enfim, ao cabo de dois anos de exercício da Direcção Bessone Basto, esta foi considerada renovadora do Algés e Dafundo.
Mas não fora para isso que Bessone assumira a presidência do Clube. O que se tornava necessário era progredir, acompanhar o estrangeiro, dar ambiente e condições aos nossos atletas para se sair da mediocridade em que vivia a natação em Portugal. Para isso tornava-se imprescindível uma piscina e foi nesse sentido que começou a orientar as coisas. Um dia, em conversa com Viriato Portugal, sugeriu-lhe a ideia da construção de uma piscina, tendo a sede no próprio edifício.
Aconselhou-se com os mais velhos e encontrou no que era seu tio por afinidade, e que por isso passou a ser "Tio" de todos os sócios do Clube - o saudoso "Tio Florêncio" - o apoio e auxílio de que necessitava para levar a ideia por diante. Este, com os seus vastos conhecimentos sociais, posição e experiência, não só acarinhou a ideia, como lhe deu todo o seu esforço e boa vontade para que a primeira piscina do nosso País fosse uma realidade.
Entretanto Bessone Basto deslocou-se a Paris, onde examinou demoradamente a Piscina Municipal de Paris, inaugurada em 1919. De regresso a Portugal, portador de uma série de fotografias, esboçou, juntamente com Basílio dos Santos, o que deveria ser a piscina do Algés nas suas linhas gerais. Daí nasceu a planta, que Raul e Diamantino Tojal modificaram aqui e ali, mas sempre dentro do mesmo princípio geral: uma piscina com bancadas, aproveitando os baixos das mesmas para instalações várias.
Entretanto, para se obterem fundos, organizaram-se festas, em que tudo era feito pelos sócios.
Alugava-se o Casino Conceição ou Ribamar e lá se construíam palcos, pintavam-se cenários, confeccionava-se o mobiliário, tudo para que a despesa fosse mínima e os resultados o mais proveitosos possíveis.
Por essa altura, um audacioso empresário de nome Soares associa-se ao grande industrial José Cordeiro, morador em Algés e então Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Clube, de quem era grande amigo e de que seu filho Raul fora sócio-fundador. Formam uma sociedade para a implantação dum bairro nas terras que tinham sido pertença do lavrador Eduardo Pedroso.
Fez-se o Bairro Soares e foi então que o “Tio Florêncio”, Bessone Basto e outros resolveram atacar o problema de fundo.
Procurando o Sr. José Cordeiro, expõem as suas pretensões e o desejo de obter um terreno onde construir uma piscina no novo Bairro em construção.
Fazem-se reuniões, o Sr. Cordeiro apadrinha o caso, mas, como é natural, faz ver que o SAD ainda não tem capacidade para assumir responsabilidades do volume que representa a compra de um terreno e subsequentes obras, o que deve atingir uns bons milhares de escudos; que só a boa vontade e seriedade dos membros da Direcção não são o suficiente, que são responsáveis idóneos e que ele pessoalmente está na disposição de tomar uma parte dessa responsabilidade.
A Direcção segue o conselho e consegue entusiasmar um conjunto de investidores.
Em meados do mês de Abril (acta nº 435), numa Terça-Feira, é assinada a escritura de compra, ao Bairro Soares, do terreno onde iria ser construído o Estádio Náutico.
A 5 de Maio é feito o lançamento da primeira pedra para a construção da piscina e Estádio Náutico, com toda a solenidade. Maria Vitória Santos, de 7 anos, a mais jovem nadadora do Clube, cavou com uma enxada o local onde seria lançada a mesma. José Cordeiro Junior partiu a tradicional garrafa de champanhe.
A 10 de Maio, a Câmara Municipal de Oeiras comunica a aprovação dos projectos para a construção da Sede, ficando isentos das taxas municipais.
Comprado o terreno, começaram-se as obras.
Estas, porém, iam dando origem a despesas mais vultuosas do que as orçamentadas, ao mesmo tempo que as receitas que se previam não se realizaram, pois não tendo a natação suficiente popularidade, as enchentes não se verificaram.
Felizmente, uma ideia surgiu. O aproveitamento das bancadas debaixo do relógio para a construção dum Cinema. E foi a receita deste que veio salvar a situação.
Desta forma, pouco a pouco, as receitas foram dando para as despesas e a amortização da empreitada.
A 25 de Maio de 1929, a Direcção deu plenos poderes ao seu Presidente para assinar a escritura, em nome do SAD, com o Ministério da Guerra, pela qual este concede licença se construir a sede em Algés, no terreno adquirido pelo Clube.
A 28 de Novembro desse ano, a Assembleia Geral Extraordinária reunida a pedido da Direcção aprovou a proposta da Comissão de Obras segundo a qual os sócios efectivos pagariam uma quota obrigatória de 150$00. a pagar em 30 prestações de 5$00. Os sócios menores pagariam metade em prestações de $50.
Em 1930, a Comissão de Obras decide fazer a segunda parte das obras da piscina, isto é, as bancadas e tudo o que lhe é adstrito.
A 8 de Junho, realizou-se o primeiro banho, o banho lustral, na Piscina do Clube com água do seu poço e vestiários improvisados entre os andaimes das obras. Foi uma verdadeira Assembleia Geral do SAD, alegre, entusiástica, em que velhos e novos nadaram ao longo do dia.
A 13 de Julho, foi a inauguração oficial da Piscina e respectivas instalações de apoio, com a presença do chefe do Estado e dos Ministros do Interior e da Marinha. Trinta e cinco dias depois do banho lustral e catorze meses depois do lançamento da primeira pedra. Mais um recorde do Sport Algés e Dafundo. Colaboraram nesta inauguração o Pedrouços, o Benfica, o Clube Nacional de Natação, o Clube de Futebol “Os Belenenses” e o Casa Pia.
A primeira prova realizada foi uma corrida de 4x200. Ganhou a equipa do SAD composta por Azinhais dos Santos, Alfredo da Conceição, Hermano Patrone e Manuel Cardoso.
A 18 de Agosto, Fernando Sacadura bate o primeiro recorde desportivo na nova Piscina, melhorando o seu tempo nos 100 metros costas.
Foi ainda neste ano formada uma Comissão Instaladora para a construção do court de ténis, no local onde hoje existe o campo de Basquetebol, da qual faziam parte Francisco José Rosa, Dr. Gilberto Monteiro, Carlos Cunha, Rodrigo Bessone Basto e Carlos Castro. O court de ténis foi inaugurado a 17 de Fevereiro do ano seguinte.
A 26 de Dezembro, a Direcção aprovou a seguinte medida: a partir de Janeiro começar a entregar à Comissão de Obras 50% das receitas líquidas a saber: a) Cotização; b) Jóias; c) Registo de embarcações; d) Venda de emblemas e Galhardetes. A Direcção assume os encargos com os vencimentos dos empregados e em contrapartida a Comissão de Obras entrega à Direcção todas as dependências necessárias para o seu alojamento no edifício da piscina sem qualquer renda, fornecendo-lhe ainda água e luz. Todavia, a dívida contraída à Comissão de Obras só veio a ser completamente liquidada em 1948.
Em Janeiro é inaugurado o Salão de Festas e em sessão solene efectua-se a distribuição de prémios. Nesta sessão foi galardoada a Sra. Dª Margarida Palla, primeira sócia do Algés (nº 224, filiada em 1917), grande nadadora e professora de Natação do Algés, com a Insígnia da Ordem de Instrução e Benemerência. Na mesma cerimónia foi colocado no estandarte do clube a “Insignía da Ordem de Cristo” com que o SAD tinha sido agraciado.
Por ocasião do 25º aniversário do Algés, em 19 de Junho de 1940, foi feita uma homenagem irmanando os Fundadores do Clube, a Direcção eleita em 16 de Junho de 1928 e a Comissão de Obras do Estádio Náutico, assim identificando com grande justiça os três momentos mais marcantes na vida do SAD e o conjunto de sócios e dirigentes a que ele mais profundamente ficou a dever.
Seis anos depois, foi descerrada uma lápide dedicada aos componentes da Comissão de Obras.
Na história posterior do Estádio Náutico, duas outras datas devem ser destacadas: a da inauguração da Piscina de Inverno, em 1968; e a construção da cobertura sobre a nave da Piscina, em 1977, onde foram instalados um Pavilhão Gimnodesportivo e dois novos e amplos ginásios, bem como diversas estruturas de apoio.
A partir de um artigo de Joaquim Marques para o Boletim Comemorativo do 50º Aniversário.
O NASCIMENTO DAS MODALIDADES EMBLEMÁTICAS
1. As Modalidades Aquáticas
Apesar de, desde o seu início, o SAD ter também integrado a Vela e o Remo, a principal relevância foi dada à Natação e ao Pólo Aquático, modalidades em que, aliás, se registaram as primeiras participações olímpicas do Algés (Helsínquia, 1952).
A importância da Natação deveu-se especialmente ao excepcional talento desportivo revelado nesta modalidade por um conjunto de fundadores do Algés, à cabeça dos quais se encontrava Rodrigo Bessone Basto, acompanhado, entre outros, por António Basílio dos Santos Júnior, João Duarte Holbeche e Manuel Eloy Moniz, para além de outros sócios da primeira hora, como Armando Moitinho e Fernando Sacadura. ,
Numa segunda fase, um grande contributo foi também dado pela plêiade de valores que se vêm a formar nas décadas imediatamente seguintes em torno de nomes como Guilherme Patroni, Fernando Madeira, João Franco do Vale, Jaime Moniz, Eduardo Cordeiro, Eduardo e Manuel Murta Barbeiro, Eurico Surgey, Mário Simas, Francisco Alves e Rodrigo Bessone Basto Jr.
No entanto, um factor não negligenciável foi também a adesão que a modalidade rapidamente granjeou entre as raparigas.
O próprio Algés fomentou este desenvolvimento.
Logo a 5 de Outubro de 1918, houve um Festival de Natação organizado pelo SAD para disputa da “Taça Gentil” oferecida por sócios do SAD e destinada a Senhoras de qualquer clube, numa prova de 100 metros.
Foi a primeira prova de Natação destinada somente a Senhoras, em Portugal.
Em primeiro lugar ficou a Srª D. Margarida Palla, distinta nadadora, e mais tarde professora de Natação, do SAD.
Ao longo dos anos, o SAD foi consolidando o seu ascendente nesta modalidade. Em 1952, dá-se a primeira participação olímpica de nadadores do Algés, nas disciplinas de Natação Pura, com Guilherme Patroni e Fernando Madeira, e de Pólo Aquático. E, de então para cá, vão já em vinte e uma as participações de atletas do Algés nas provas olímpicas de Natação, marcando presença em todas as edições em que o Clube esteve representado, com excepção dos Jogos Olímpicos de Seul (1988).
Alguns técnicos, nacionais e estrangeiros, estão profundamente ligados ao desenvolvimento da modalidade no Algés: o treinador japonês Shintaro Yokochi (1958-70); o técnico inglês Wally Lord (1971-74); e os treinadores Manuel Mata e Eurico Perdigão, este último reputado nadador e basquetebolista do Algés, que, em 1974, vieram dar novo impulso ao enquadramento técnico da modalidade.
Por seu lado, Pólo Aquático do Sport Algés e Dafundo tem uma longa tradição que remonta à própria época da fundação do Clube, em 1915.
Este aliciante jogo de “bola na água” foi criado e desenvolvido pelos Britânicos nos finais do Século XIX, mais precisamente em 1898, segundo rezam as crónicas.
O início da carreira do Pólo Aquático como modalidade olímpica verificou-se em 1900, em Paris, aquando dos jogos da II Olimpíada da Era Moderna.
Em Portugal, o início da prática de Pólo Aquático verificou-se em 1912, graças ao pioneirismo do Ginásio Clube Português e do Clube Internacional de Futebol, aos quais se juntaram a breve trecho o Clube Naval de Lisboa e o Sport Algés e Dafundo, em 1916.
Os primeiros jogos desenvolveram-se na doca de Santos e mais tarde na praia de Algés, num rectângulo adquirido pelo SAD, bem como na doca de Alcântara. Era bizarro o aspecto geral de um encontro de Pólo Aquático nessa época: num rectângulo flutuante com balizas acopladas, sustentado por bidões, tanto quanto possível amarrados a poitas bem pesadas.
Não obstante isto, não era raro ver-se o rectângulo deslocar-se e perder a forma por acção das ondas e do vento.
O árbitro, que se fazia deslocar numa chata, frequentemente via a sua tarefa dificultada dado o “mestre” remador não ter a noção das funções do árbitro e não conduzir a chata para o lugar que era indicado. Assim, muitas vezes o árbitro era obrigado a remar ao mesmo tempo que ia arbitrando o jogo.
Nas docas de Santos e Alcântara, o público acotovelava-se nas muralhas e nos planos inclinados, o que dava origem, com frequência, a que alguns espectadores mais entusiastas ou envolvidos em discussões acaloradas com adeptos adversários, rebolassem por aí abaixo para um forçado banho.
Na década de vinte, o SAD firmou os seus créditos, tornando-se a melhor equipa de Pólo Aquático em Portugal.
O Algés foi campeão Regional e Nacional de Water Polo pela primeira vez em 1923 e os êxitos nesta modalidade foram sucessivos até que os outros Clubes foram esmorecendo. Seria o Algés que continuaria a praticá-lo em jogos inter-sócios ou através do intercâmbio que manteve com vários clubes espanhóis.
Um nome grande desta época do Water Polo é Hermano Patroni, grande atleta e posteriormente treinador de Pólo do Algés, que se estreou na final do Campeonato de Lisboa de 1925 contra o Sporting Clube de Portugal e veio a marcar o desenvolvimento da modalidade no Clube. Por este motivo, o Algés celebra anualmente a sua memória no Torneio de Pólo Aquático que ainda hoje se realiza e leva o seu nome.
O baptismo internacional do Pólo Aquático português foi alcançado pelo SAD, quando defrontou em 1931, no seu Estádio Náutico, o Clube da Natação de Barcelona.
Inolvidáveis também para a história do Pólo Aquático do SAD, e também de Portugal, são os encontros verificados na piscina do Algés, em 1938 e 1939, com as selecções da Hungria (então campeã da Europa) e da Alemanha, respectivamente.
Nos anos quarenta, sem outras equipas nacionais para competir, o Polo Aquático do SAD, apesar da intensa actividade interna, não se desenvolveu em qualidade comparativamente ao progresso verificado noutros países.
Entre 1949 e 1951, o SAD teve ainda alguns contactos internacionais com equipas francesas e alemãs e em 1952 a Selecção Nacional que vai aos Jogos Olímpicos de Helsínquia é integralmente a equipa do SAD.
CONSTITUIÇÃO DA EQUIPA OLÍMPICA DE PÓLO
Máximo Couto
Francisco Alves
Armando Moitinho
Óscar Cabral
Eduardo Barbeiro
José Manuel Correia
João do Val
Fernando Madeira
Rodrigo Bessone Basto Júnior
Pode dizer-se que, a partir dessa data, e salvo algumas interrupções, como sejam os jogos efectuados com equipas espanholas, aquando do cinquentenário do nosso Clube, assiste-se a um declínio do Pólo Aquático no SAD, o qual volta, no entanto, a aparecer em força a partir de 1984.
Igualmente importantes foram as disciplinas de Ballet Aquático (hoje Natação Sincronizada), que, após uma época de interrupção, voltou a renascer recentemente no Clube, e de Saltos para a Água, em que se nas primeiras décadas do SAD, mercê especialmente da torre de saltos existente para esse efeito na Piscina, se distinguiram muitos dos mais ilustres nadadores do Algés.
A partir de vários testemunhos.
2. A Vela
3. O Basquetebol
Com a construção da piscina e a sua inauguração em 1930, começou a surgir o problema de manter em actividade durante o Inverno os nadadores, a quem uma piscina de inverno fazia muita falta.
Qual seria o melhor desporto para os nadadores fazerem durante o Inverno?
Os dirigentes do Clube optaram pelo Basquetebol.
E assim nasceu esta modalidade no Sport Algés e Dafundo, precisamente no ano de 1930.
O primeiro campo pensa-se que foi na Rua Luís de Camões. Terraplanagem, arranjo do piso, colocação de tabelas, tudo foi feito pelos jogadores do nosso Clube.
O primeiro adversário foi a equipa do Instituto Industrial de Lisboa e a primeira equipa foi:
MANUEL DOS SANTOS RODRIGUES
FERNANDO SACADURA
MANUEL PINHANÇOS
JOAQUIM MARQUES
JOAQUIM MAYER
Organizada a respectiva Secção, formadas as equipas, entrou o Algés e Dafundo, na época de 1932/33, no Campeonato da Promoção. Nem boa nem má figura, o Clube situou-se a meio da tabela.
No ano seguinte, já bastante mais rodados, o Algés conquista o título de Campeão de Lisboa da Promoção, ascendendo ao escalão seguinte, a II Divisão.
Época após época, o Basquetebol ia tomando maior incremento. Em 1940, o SAD sagra-se Campeão de Lisboa da II Divisão e oito anos depois ascende à divisão principal da ABL, após umas jornadas memoráveis contra o Internacional, no antigo campo do Lisgás.
Umas vezes bem, outras mal, mantiveram-se na Divisão de Honra até à época de 1956/57.
Uma substituição quase total da equipa principal, à qual faltou experiência e calo suficientes para lutar com outras equipas, levou-a à descida de divisão. Com mais uma época de ambientação, a mesma equipa de jovens, capitaneada por Eurico Perdigão, levou de vencida o Campeonato na época de 1959/60 e ingressou de novo na Divisão principal.
Durante a sua existência, muitos dirigentes e atletas passaram pela Secção. No entanto, um dos nomes que merece realce especial é o de Guilherme Santos, um nome grande do SAD e do Basquetebol, embora nunca tenha sido jogador.
Por seu lado, o Basquetebol feminino foi criado em 1938, tendo a primeira equipa a seguinte constituição:
MARIA DE LURDES SANTOS
JULIETA RIBEIRO
MARIA ESTER MOURA CABRAL
MARIA LUIZA MONIZ PEREIRA
FERNANDA RIBEIRO
Na actualidade, o Basquetebol do Algés é praticado em todos os escalões, dos mini aos veteranos, tanto em masculinos como em femininos.
Os espaços privilegiados para treino e competição são o Pavilhão Gimnodesportivo, criado com a cobertura da Piscina em 1977, o Campo de Basquete exterior, que veio substituir, a partir de 1949 o court de ténis aí existente e o Campo de Basquetebol “Conde de Rio Maior” na Rua de Olivença, oficialmente inaugurado em 17 de Junho de 1955 e que mais tarde viria a ser baptizado com o nome de Guilherme Santos.
A partir de um artigo de Afonso Gonçalves para o Boletim Comemorativo do 50º Aniversário.
4. A Ginástica
Situa-se o início da Ginástica no SAD por volta do ano de 1936.
O seu primeiro professor foi o Capitão de Fragata João Vieira Gomes Peres Murinello.
Em 1943, com a criação do Regulamento dos Desportos, contratou o SAD o seu primeiro professor diplomado pelo INEF e nesse ano inaugurou-se o Ginásio Grande.
Em 1945, o Comandante Murinello pediu a demissão, o que constituiu sem dúvida uma perda para o Clube, pois a sua dedicação era bem conhecida.
Em 1948, a Secção regozijava-se pelas 116 inscrições, na quase totalidade respeitantes a nadadores e nadadoras. Sentia-se a necessidade de dar maior incremento à modalidade.
Os tempos tinham rodado, novas gerações tinham surgido, a compreensão da utilidade dos exercícios físicos estava comprovada e era preciso um empurrão dinâmico para vencer a inércia. Uma nova Secção tomou a seu cargo esse trabalho.
Foi efectuada uma renovação total. Novos métodos de divulgação foram postos em prática, novo professor substituiu o que se tinha demitido, aos jornais e rádio foi pedido apoio; a todas as crianças de Algés e arredores entre os 5 e 10 anos era facultada a possibilidade de frequentar as aulas de ginástica, fossem ou não sócias do Clube; e, pela primeira vez, as classes do Algés apresentaram-se em público, executando os seus exercícios num estrado montado sobre a piscina.
O ano de 1950 surgiu cheio de expectativas. Uma classe de luta aumentava a actividade da Secção. Palestras e pequenos saraus mantinham o interesse pela modalidade.
Pela primeira vez, as classes do Algés actuaram fora da sede, concorrendo ao I Concurso Nacional de Ginástica Educativa, onde somente os grandes poderiam ter possibilidade de se fazer representar.
Dá-se então um acontecimento com vastas repercussões no desenvolvimento da modalidade: a classe de senhoras conquista o 1º Lugar e a de homens o 6º.
Nesta altura, a frequência de alunos de Ginástica no Clube passa para 250.
Em 1951, a classe de senhoras tornou a conquistar o 1º Lugar no II Concurso Nacional de Ginástica Educativa e a dos homens o 2º Lugar, o que levou o SAD ao primeiro plano da Ginástica. Nacional. Também neste ano começaram as aulas de Ginástica Aplicada, disciplina em que se distinguiu, entre outros, a atleta Isabel Furtado de Castro.
Na época de 1957/58 dá-se o aparecimento de uma classe de Ginástica Rítmica, que tem então vida efémera.
Esta disciplina vem a instalar-se definitivamente no Clube em 1977, tendo desde aí constituído uma das apostas competitivas de maior prestígio e sucesso desportivo no Algés.
A partir de um artigo de William Westood para o Boletim Comemorativo do 50º Aniversário.
5. O Judo
O Judo surge no Algés em 1962, integrado na Secção de Ginástica. Em 1965, é criada uma Secção própria para esta modalidade.
No entanto, o maior incremento foi dado com a contratação do técnico José Manuel da Costa Branco, em 1981, que se manteve ao serviço durante vinte anos e foi o principal responsável pelo notável desenvolvimento do Judo no Algés.
De 1988 para cá, o Clube participou em todas as edições dos Jogos Olímpicos, com nove participações desta modalidade, e veio a ser premiado com a Medalha de Bronze alcançada por Nuno Delgado em Sydney (2000), a primeira conquistada por um atleta algesino.
O CINEMA STADIUM
A 17 de Maio de 1936, inaugura-se o cinema STADIUM do Sport Algés e Dafundo.
Entre as suas finalidades essenciais contava-se a promoção de um espaço de lazer e recriação cultural dos associados e a criação de uma fonte de receitas estável para o Clube.
Os anos seguintes vieram a provar plenamente a visão dos seus criadores.
Em 1945, o cinema continuava como principal fonte de receita do Clube. O seu movimento anual ascendeu aos 700 contos e o lucro da gerência correspondente foi de 222.051$43, quase o dobro do ano anterior.
Durante cerca de duas décadas, o cinema Stadium constituiu-se um importante pólo dinamizador da comunidade envolvente e, através da publicidade e das receitas directas, um elemento fundamental na consolidação financeira do Clube.
No entanto, a partir dos anos 60, com a proliferação de espaços alternativos e a inauguração da Televisão, a atracção exercida pelo cinema do Algés foi-se tornando progressivamente menor, com a consequente diminuição das receitas.
Assim, apesar de continuar a ser utilizado para celebrações esporádicas e para a cedência a instituições interessadas, o Cinema vem a ser encerrado em 1975 como espaço recreativo e cultural do Clube.
A BIBLIOTECA E A COMISSÃO CULTURAL
Em 1 de Outubro de 1936, nasce a comissão cultural, por iniciativa do Dr. Gilberto Monteiro, com a colaboração do General Ferreira Martins (primeiro Presidente desta Comissão), Domingues Vaz, Professor João Martins e José Vasconcelos.
O Clube já estava consolidado. Tinha construído o seu Estádio Náutico e o Cinema servia de suporte financeiro.
Já anteriormente o Algés tinha conseguido ser o ponto de convergência das gentes de Lisboa e de convívio das famílias que residiam no pequeno aglomerado populacional da localidade. As festas que o Clube promovia no Casino Conceição ou no Casino Ribamar e até na Praça de Touros atraiam cada vez mais pessoas ávidas de cultura e de diversão.
Neste enquadramento, a Comissão Cultural vinha acrescentar uma mais-valia à vertente desportiva, na qual o Algés já havia atingido o primeiro plano nacional. Tinha como objectivo promover sessões literárias, artísticas ou científicas, levadas a efeito sob a forma de palestras, lições e concertos, pelas quais se pretendia difundir pelos sócios e pelo público em geral os benefícios da ilustração e do saber.
A 26 de Novembro de 1936, realizou-se o primeiro serão cultural, que teve como conferente o Prof. João Mântua, que proferiu uma palestra sobre “A Evolução da Terra”.
A experiência foi um êxito e o público que acorreu a essa sessão inaugural manifestou claramente o seu entusiasmo. E, se o segundo foi ainda realizado numa pequena sala do Clube, no terceiro foi já necessário utilizar o salão do Cinema.
No próprio ano da sua fundação, a Comissão edita o primeiro Boletim do Clube, com 48 páginas e uma tiragem de 1000 exemplares. Com uma apresentação luxuosa, pela qualidade do papel e as numerosas gravuras, era dedicado a Camões e aos Lusíadas.
Nas páginas desta publicação vieram a colaborar atletas e sócios de grande nomeada, de entre os quais se destaca: José Dias Ferreira; Fernando Madeira; Eduardo Barbeiro; Xavier Morato; Ferreira Perez; Vasco Carrelhas; Carlos Tolentino; Alves Morgado; José António Alves; Maria Suzete Lourenço; Eurico Survey; General Herculano Cardoso Amaral; General Ferreira Martins; Professor João Mântua; Pereira Bastos; Francisco Ferreira Alves; José Padinã; William Westwood; José Luís Madeira; Vasco Dias Pereira; Fernando Sacadura; Afonso Gonçalves, etc.
Em 17 de Junho de 1939, estreou-se o Grupo Coral do SAD, sob a regência obsequiosa do maestro Manuel de Oliveira.
Mas porventura o momento mais marcante na vida da Comissão Cultural foi a fundação da Biblioteca
A Biblioteca do Algés, que chegou a reunir alguns milhares de volumes, sempre atraindo o interesse dos sócios e do público em geral, foi posteriormente entregue à guarda da Câmara Municipal de Oeiras, que a transferiu para o Palácio Anjos, em Algés.
O EXTERNATO
O Externato e o Jardim Infantil foram criados em 1965, tendo começado a funcionar no ano seguinte. Foi sua primeira Directora a Sra. Dª Maria Teresa Cabrita dos Reis Martins.
Na acta da Direcção então em funções, encabeçada pelo Professor Doutor Vasco Fortuna, são indicados como fundamentos para a decisão, entre outros, a necessidade de compensar a quebra de receitas verificada no Cinema e o reflexo da formação desportiva precoce dos alunos no desenvolvimento das modalidades. Ambas as previsões vieram a concretizar-se amplamente nos anos subsequentes.
De então para cá, passaram pelo Algés milhares de crianças e jovens, em particular durante a primeira década de existência do Sector de Ensino, tendo chegado a atingir o pico histórico de 681 alunos no ano lectivo de 1971/72.
Muitos foram os atletas, nas mais diversas modalidades, mas com destaque para a Natação, que se formaram nesta escola e muitas as personalidades da sociedade civil que fizeram a sua instrução no Externato do Algés, vindo depois a ganhar relevo na vida política, económica, científica e artística do País.
Após o 25 de Abril, as inscrições foram decaindo progressivamente, tendo o ensino básico sido suspenso no ano lectivo de 2000/01.
Neste momento, continua a funcionar o Jardim Infantil e um Centro de Tempos Livres, assistindo-se a um recrudescimento do interesse do público em relação a este Sector.
CURIOSIDADES
· O SAD é sócio fundador de três federações desportivas: a Federação Portuguesa de Natação; a Federação Portuguesa de Vela; e a Federação Portuguesa de Ginástica.
· Em 1957, foi o segundo clube português, a seguir ao Ginásio Clube Português, a receber o Troféu Olímpico, atribuído por aclamação pela Direcção do Comité Olímpico de Portugal.
· A 23 de Julho de 1933, a Câmara Municipal de Oeiras quis homenagear o SAD, atribuindo o seu nome ao arruamento entre a Rua Dr. Manuel de Arriaga e a Rua Luís de Camões, junto à praça de Algés e em frente do edifício-sede do Clube.
· Ao longo da sua história, o SAD recebeu a visita de quatro Presidentes da República: Óscar Carmona, em 1930; Américo Tomás, em 1965, Mário Soares, em 1992; e Jorge Sampaio, em 2005; de um Primeiro-Ministro: Aníbal Cavaco Silva, em 1995; e de seis ministros: Lopes Mateus, Ministro do Interior, e Magalhães Correia, Ministro da Marinha, em 1930; Américo Tomás, Ministro da Marinha, em 1953; Marcelo Caetano, Ministro da Presidência, em 1957; Roberto Carneiro, Ministro da Educação, em 1990; e José Lello, Ministro da Juventude e do Desporto, em 2001.
· De acordo com os Estatutos do Clube, o Presidente da República e o Ministro da Defesa são, por inerência, Comodoro e Vice-Comodoro Honorários do SAD, respectivamente.
· Outras modalidades desportivas que passaram pelo Algés: remo; ténis; ténis de mesa; tiro; pesca desportiva; voleibol; futebol.
· O SAD teve várias filiais em diversas localidades de Portugal, entre eles o prestigiado clube náutico do Norte Sport Algés e Águeda.
PALMARÉS DESPORTIVO
BASQUETEBOL
Abaixo listamos os principais resultados do SAD nas últimas épocas:
2000/2001
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Campeão Nacional de Juniores Femininos.
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2001/2002
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Campeão Nacional de Juniores Masculinos B.
Vice-Campeão Nacional de Juniores Femininos.
Campeão Distrital de Juniores Masculinos B.
Campeão Distrital de Cadetes Masculinos.
Vice-Campeão Distrital de Juniores Masculinos.
Vice-Campeão Distrital de Cadetes Femininos.
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2002/2003
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Campeão Distrital de Juniores Femininos.
Campeão Distrital de Juniores Masculinos B.
Campeão Distrital de Cadetes Femininos.
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2003/04
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Campeão Nacional de Seniores Femininos da 1ª Divisão.
Vice-Campeão Nacional de Seniores Masculinos da 1ª Divisão.
Vice-Campeão Nacional de Cadetes Femininos.
Campeão Distrital de Juniores Femininos.
Campeão Distrital de Juniores Masculinos A.
Campeão Distrital de Juniores Masculinos B.
Vice-Campeão Distrital de Cadetes Femininos.
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2004/05
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Campeão Distrital de Juniores Femininos.
Campeão Distrital deJuniores B Masculinos.
Campeão Distrital deCadetes Masculinos B.
Vice-Campeão Distrital de Juniores A Masculinos.
Vice-Campeão Distrital de Cadetes Femininos.
Vice-Campeão Distrital de Cadetes Masculinos A.
Vice-Campeão Distrital de Iniciados Femininos.
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2005/06
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Campeão Nacional de Juniores Femininos
Campeão Nacional de 2ª Divisão Femininos
Vice-Campeão Nacional da Liga Feminina
Campeão Distrital de Juniores Femininos
Vice-Campeão Distrital de Juniores Masculinos A
Vice-Campeão Distrital de juniores Masculinos B
Vice-Campeão Distrital de Iniciados Femininos
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GINÁSTICA RÍTMICA
Palmarés
Participação de ginastas do SAD nos Jogos Olímpicos de 1988 e 1992 (data a partir da qual não houve participação portuguesa nos Jogos Olímpicos em Ginástica Rítmica).
Participação de ginastas do SAD em Campeonatos de Mundo nos anos de 1985, 1987, 1989, 1991, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2003 e 2005.
Participação das ginastas do SAD em Campeonatos da Europa nos anos de 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1992, 1993, 1995, 1997, 1994, 1996, 2000, 2001, 2002, 2004 e 2005.
Vencedor do Troféu de Clube com maior número de Ginastas Incritas.
Participação das ginastas do SAD em Campeonatos da Europa de Júniores nos anos de 1987, 1989, 1991, 1996, 1997, 1999, 2001.
Participação das ginastas do SAD em vários Torneios Internacionais em representação da Federação de Ginástica de Portugal ou em representação do Clube.
Vencedor 17 anos consecutivos da Taça de Portugal.
Campeãs Nacionais SenioresIndividuais em 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 2000, 2001, 2002, 2004 e 2005.
Campeãs Nacionais de Conjuntos Seniores em 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2005 e 2006.
Campeãs Nacionais Juniores Individuais em 1998, 1999, 2001, 2002.
Campeãs Nacionais de Conjuntos Juniores em 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2002.
Campeãs Nacionais Individuais de Esperanças em 1995, 1996, 1997, 1999, 2001.
Campeãs Nacionais de Conjuntos Esperanças em 1994, 1996, 1999, 2001, 2002.
Campeãs Nacionais de Conjuntos Mini em 1994 e 1998.
Além destes títulos nacionais, é ainda de realçar o facto de as ginastas do SAD serem na maior parte das vezes medalhadas em todas as competições em que participam..
JUDO
Palmarés
10 atletas olímpicos entre Seoul 1988 e Atenas 2004.
Medalha de Bronze -81kg nos Jogos Olímpicos de Sidney 2000 (Nuno Delgado).
Medalha de Ouro -81kg no Campeonato da Europa de 1999 (Nuno Delgado).
Medalha de Prata -100kg e de Bronze (open) no Campeonato da Europa de 2002 (Pedro Soares).
Medalha de Bronze -60kg no Campeonato da Europa de 1998 (Pedro Caravana).
Inúmeras participações e diversas medalhas em competições e torneios internacionais.
Campeão Nacional de Equipas Seniores Masculinas em: 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 2001, 2002, 2003, 2004.
Campeão Nacional de Equipas Seniores Femininas em: 1987, 1989, 1990, 1998, 1999, 2001.
Campeão Nacional de Equipas Juniores em: 1989, 1994, 1995, 1996, 1997, 2001.
NATAÇÃO
23 atletas presentes nos Jogos Olímpicos, desde Helsínquia, em 1952.
Medalha de bronze nos Campeonatos da Europa de Juniores de Istambul (Petra Chaves).
4º Lugar nos Campeonatos do Mundo de Moscovo em 2002 (Nuno Laurentino).
5º Lugar nos Campeonatos da Europa de Helsínquia em 2000 (Nuno Laurentino).
Inúmeras participações em competições e torneios internacionais.
Campeão Nacional Absoluto por equipas em 1993, 1995, 2001, 2002 e 2003.
Campeão Nacional Masculino por equipas em 1993, 1994, 1996, 1997, 1998, 2000, 2001, 2002, 2003, 2005 e 2006.
Campeão Nacional Feminino por equipas em 1993 e 1995.
Clube com maior número de atletas campeões nacionais e recordistas nacionais.
Clube com maior número de Títulos de campeões nacionais (443)* e recordes nacionais (96)*.
* Dados disponíveis desde a época 1996/1997.