Depois de negociações entre a Federação Portuguesa de Corfebol e a Real Associação Holandesa de Corfebol (KNKV), no dia 23 de Maio às 12h00 no Auditório do Jamor, e em presença do Secretário de Estado do Desporto e Juventude, será assinado pelos Presidentes de ambas as Federações o contrato TOP6
Na arena Mundial da modalidade há um desequilíbrio muito grande entre a casa mãe do korfball – a Holanda – seguida à distância pela Bélgica, e todo o outro concerto de 60 países que constitui a IKF – International Korfball Federation.
Este desequilíbrio é tido como não aceitável pelo Comité Olímpico Internacional tendo em conta as pretensões de inclusão do Corfebol como modalidade olímpica em 2028, sendo dada responsabilidade à Holanda para alterar esta realidade.
A mesma pressão é colocada sobre a KNKV pelo Governo Holandês, da qual é fortíssimo investidor, entendendo que o domínio inquestionável na arena competitiva é negativo para o crescimento do Corfebol mundial. De facto a Holanda parte para as competições internacionais como garantida vencedora, ao que não é alheio o facto de as suas seleções nacionais serem as únicas 100% constituídas por atletas profissionais.
Entendeu sempre a KNKV que desta forma garantiria a exibição da excelência da modalidade e seus avanços técnicos, à parte dos aspetos negativos citados. Pressionada por estes intervenientes e ameaçada de reduções de comparticipação, a pretexto de se envolver na alteração desta realidade a KNKV criou o programa de investimento TOP6, a que durante o Congresso se juntou a Federação da Bélgica (KBKB).
O Programa TOP6 é assim um programa de investimento e intervenção das maiores federações do Mundo sobre um número restrito de países escolhido pelo Congresso da Federação Internacional, em Novembro de 2011, em Shaoxing, República Popular da China.
Foi com enorme satisfação que a FPC viu aceite a sua candidatura tendo a lista de países participantes e considerados de enorme potencial competitivo e desportivo: Alemanha, Catalunha, China-Taipei, Inglaterra, Portugal e República Checa. Cabe-lhes a responsabilidade de um crescimento e especialização exemplar no sentido de fazer frente ao domínio da Holanda, equilibrando a arena competitiva, tendo como primeiro milestone de avaliação a próxima edição dos Campeonatos do Mundo, que se realizam na Antuérpia (Bélgica) no final de 2015.