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Vasco Gaspar, Luís Liberato, diretor comité organizador, Ronnie Wong, Pres. Comité Águas Abertas da FINA, Vânia Neves, Maria das Dores Meira, Pres. da CM Setúbal, António Silva, Pres. FPN, Rafael Gil, Pedro Pina, Vereador desporto CM setúbal, e Angélica André.
O apuramento olímpico, as excelentes condições do estuário do Sado, a experiência organizativa, mas também a temperatura da água e os golfinhos foram temas abordado hoje no decorrer da conferência de imprensa da Marathon Swimming Olympic Games Qualification Tournament Setúbal 2016 que sábado (femininos, 16.00) e domingo (masculinos, 16.00) decorre no Parque Urbano de Albarquel – Setúbal.
Rafael Gil, Vasco Gaspar, Angélica André e Vânia Neves são os representantes de Portugal entre os 119 nadadores da elite mundial de águas abertas, em representação de 49 países, que estarão a competir pelas derradeiras 30 vagas (15 masculinas e 15 femininas) para a prova de águas abertas olímpica que decorre nas águas de Copacabana dia 15 e 16 de agosto.
O quarteto de nadadores portugueses recebeu esta semana o apoio de Arseniy Lavrentyev, que no apuramento de Setúbal 2012 terminou em 9.º lugar e garantiu um lugar nos Jogos de Londres 2012.
“Agradecemos as palavras de Arseniy Lavrentyev, que é uma referência para a natação nacional. Disse-nos para não termos medo e acreditarmos. São muito motivadoras as sua palavras. Vamos dar o nosso melhor, é essa sempre a nossa atitude”, referiu Angélica André que assumir “ser sempre bom voltar a Setúbal”, depois de ter sido quinta classificada na etapa da Taça do Mundo Setúbal 2015.
Rafael Gil recordou que este é um momento porque esperou “há muito” e que “a competir em casa, com o apoio do público, podemos ambicionar estar dois nadadores portugueses nos Jogos do Rio”.
A temperatura da água foi também um tema incontornável para os nadadores. Angélica André e Rafael Gil assumiram que preferem nadar em temperaturas mais baixas. “Prefiro água mais fria”, afirmou Angélica André, opinião corroborada por Rafael Gil: “Também prefiro água mais fria, um ou dois graus mais baixa”. A temperatura da água ronda, neste momento, os 17/18 graus, temperatura próxima daquela que os nadadores olímpicos irão encontrar no Rio de Janeiro.
Já Vasco Gaspar e Vânia Neves não se importariam de competir em temperaturas mais altas. “É um tema que não é consensual na seleção. No meu caso claro que gostaria de uma temperatura de água menos fria”, diz bem humorado Vasco Gaspar, em resposta ao seu companheiro de seleção Rafael Gil.
Vânia Silva espera apresentar “ao seu melhor” e desfrutar desta “experiencia maravilhosa” que é competir em Setúbal. Estarei a nadar pelo apuramento olímpico e se não o conseguir daqui a quatro anos na certa cá estarei novamente”, assumiu a nadadora do Fluvial Portuense.
Para o presidente da Federação Portuguesa de Natação, “acredita na qualificação olímpica de dois nadadores portugueses” para a competição na Praia de Copacabana, recordando de seguida a importância da competição à escala mundial. “Temos aqui a competir a elite da natação mundial numa organização que nos orgulha e que permite a continuação desta prova em setúbal até 2020. Setúbal e Portugal estão de parabéns.”
Pedro Pina, vereador do desporto da Câmara Municipal de Setúbal referiu que este é o evento mais importante integrada em Setúbal Cidade Europeia do Desporto desejando “os melhores resultados ao nadadores portugueses que irão estar a competir numa cidade “onde os atletas nadam com os golfinhos”.
Naquela que é considerada a única prova à escala mundial de apuramento para o Rio 2016, organizada em Portugal, os nadadores, com destaque em masculinos para o campeão olímpico em título Oussama Mellouli (Tunísia), o campeão do mundo em título dos 5km Chad Ho (RSA), em femininos para Keri-Anne Payne (GBR), Mireia Belmonte (Espanha) e Chelsea Gubecka (Austrália) competem num percurso de 1666 metros (seis voltas) pelas 30 vagas (15 masculinas e 15 femininas) ainda disponíveis na competição olímpica
Em Setúbal, cada país só apura um nadador, até ficarem definidas dez vagas. As cinco vagas seguintes sobram para os melhores nadadores de cada continente, desde que não pertençam a países já definidos pelos critérios anteriores.