20 anos ao serviço do Desporto em Portugal

publicidade

 

Serões Musicais regressam ao Palácio da Pena

 

 

Os fins de semana de março na Pena serão animados por oito concertos noturnos. É o regresso dos ‘Serões Musicais no Palácio da Pena’, na sua 6.ª edição. Através deste ciclo, o público tem a possibilidade de reviver os saraus que se realizavam no Salão Nobre do palácio há mais de 150 anos.

 

O Palácio Nacional da Pena volta a receber mais um ciclo de Serões Musicais. De 6 a 28 de março, sempre às 21h00, seis diferentes programas distribuídos por oito concertos levam grandes obras da música de câmara do século XIX ao Salão Nobre do Palácio. De França à Rússia dos czares, passando pela Alemanha, Áustria e Boémia, mas sem esquecer a música portuguesa, reedita-se o cosmopolitismo dos saraus musicais promovidos neste mesmo espaço pelo rei-artista D. Fernando II de Saxe-Coburgo e Gotha.

 

Como já é habitual, o ciclo “Serões Musicais no Palácio da Pena” promove tanto artistas consagrados como jovens promessas. Os primeiros concertos, a 6 e 7 de março, estarão a cargo de Vasco Dantas, figura de destaque na nova geração de pianistas portugueses, que regressa à Pena após a sua estreia aqui, na edição de 2017. O pianista aproveitou a ‘Carta Branca’ que lhe foi dada pela direção artística para montar dois programas distintos: o primeiro incidirá sobre a música alemã e portuguesa do século XIX, mais especificamente em obras de Robert Schumann, José Vianna da Motta e Alexandre Rey Colaço. Já o segundo, no qual Vasco Dantas terá a companhia do Quarteto de Cordas de Matosinhos, apresenta dois Quintetos com piano, compostos por Antonín Dvorák e Reynaldo Hahn.

 

No fim de semana de 13 e 14 de março, é feita uma homenagem à chamada ‘geração romântica’ e ao seu percurso entre a França e a Alemanha, através de um programa lírico que destaca a interseção entre a literatura e a música, que é uma marca da época. Cátia Moreso (mezzo-soprano), João Rodrigues (tenor), António Figueiredo (violino), Irene Lima (violoncelo) e João Paulo Santos (piano) vão interpretar obras de Franz Liszt, Felix Mendelssohn, Stephen Heller, Heinrich Ernst, Robert Schumann, João Guilherme Daddi, Hector Berlioz, Félicien David, Théodore Gouvy, Ludwig Spohr, Camille Sains-Saëns, Charles Gounod e Ludwig van Beethoven.

 

Os “Serões Musicais no Palácio da Pena” voltam a trazer ao palco jovens que têm merecido especial reconhecimento – desta vez, é o Quarteto Tejo, vencedor do Prémio Jovens Músicos 2019 na categoria de música de câmara. Por eles ouviremos, no dia 20 de março, quartetos de cordas de Debussy e de Tchaikovsky. Destaque também para o recital de Nuno Ventura de Sousa, um jovem pianista que se encontra neste momento a estudar na Universidade de Viena. No seu recital de 21 de março, irá interpretar obras dos compositores russos Nikolay Medtner e Sergei Rachmaninoff.

 

Os “Serões Musicais” terminam com um programa integralmente dedicado à figura de Johannes Brahms, executado por um trio de artistas italianos, entre os quais se destaca a contralto Sara Mingardo, uma das mais consagradas vozes líricas da atualidade. É o regresso de Mingardo à Temporada de Música da Parques de Sintra, depois de, em 2015, ter participado no ciclo “Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie”. A exemplo do programa dos dias 13 e 14, também este terá duas sessões, marcadas para os dias 27 e 28 de março.

 

O ciclo Serões Musicais no Palácio da Pena é uma iniciativa conjunta da Parques de Sintra e do Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal (CEMSP), tendo por diretor artístico o maestro Massimo Mazzeo. Os “Serões Musicais” iniciam a Temporada de Música Erudita da Parques de Sintra, a qual inclui ainda, em maio, os “Reencontros – Memórias musicais no Palácio de Sintra” e, em outubro e novembro, o ciclo “Noites de Queluz”.***

 

Informações úteis:

 

Preço de bilhete por concerto: 15€

Preço de Bilhete Ciclo (6 concertos): 76,50€

Capacidade do Salão Nobre: 80 lugares

Locais de venda: Bilheteiras da Parques de Sintra, FNAC, Worten, El Corte Inglés, Altice Arena, Media Markt, lojas ACP, rede PAGAQUI e Postos de Turismo de Sintra e Cascais.

Online em www.parquesdesintra.pt e em www.blueticket.pt

M/6

 

Após o início do espetáculo, apenas no intervalo será permitida a entrada na sala. Poderá haver concertos sem intervalo.

Falta de comparência ou atraso não dão direito a reembolso do valor do bilhete.

Alerta-se para o facto do Salão Nobre do Palácio da Pena não ser acessível a pessoas com mobilidade condicionada e de o percurso desde o local de estacionamento de automóveis até à sala do concerto ser de cerca de 15 minutos, a pé.

 

O ciclo “Serões Musicais no Palácio da Pena” conta com a Antena 2 como ‘media partner’.

 

PROGRAMAÇÃO

“SERÕES MUSICAIS NO PALÁCIO DA PENA” 2020

 

06 de março de 2020, às 21h00

Carta Branca a Vasco Dantas – Portugal e Alemanha por Schumann e Vianna da Motta

Vasco Dantas (Piano)

 

Quando Vianna da Motta chega à Alemanha, aos 14 anos, o jovem país, unificado há apenas 11 anos, está musicalmente dividido entre os partidários da tradição de Mendelssohn e Schumann (cujo símbolo é o Conservatório de Leipzig, famoso em toda a Europa) e aqueles que seguem antes a via de Liszt e de Wagner. Inteligente, Vianna da Motta saberá integrar no seu estilo composicional o que melhor lhe serve de uma e outra correntes. E ainda que fixado na Alemanha até 1914, nem por isso deixará de ser o “criador” (abstraindo do campo operático) do nacionalismo musical português.

Bernardo Mariano (musicólogo)

 

07 de março de 2020, às 21h00

Carta Branca a Vasco Dantas – Dois quintetos, dois mundos

Vasco Dantas (piano) / Quarteto de Cordas de Matosinhos

 

A junção de quarteto de cordas e piano é uma combinação eminentemente romântica, vindo logo à memória as obras-primas de Schumann e de Brahms. De Brahms ela “derivou” para Dvorák, cujo 2.º Quinteto é uma das grandes criações no género; e “através” de Schumann entraria em França, onde em 1855 um muito jovem Camille Saint-Saëns assina o primeiro Quinteto francês digno de menção. Reynaldo Hahn aborda o género no mesmo ano (1921) em que Gabriel Fauré escreve, aos 76 anos, o seu segundo Quinteto. O de Fauré acrescerá à sua glória, já o de Hahn tombará num longo esquecimento…

Bernardo Mariano (musicólogo)

 

13 e 14 de março de 2020, às 21h00

Entre França e Alemanha: leituras da geração Romântica

Cátia Moreso (mezzo-soprano) / João Rodrigues (tenor) /António Figueiredo (violino) / Irene Lima (violoncelo) / João Paulo Santos (piano)

 

Em torno do ano de 1810, Madame de Staël, publica o seu ensaio “De l'Allemagne” e nasce a chamada “geração romântica”: Mendelssohn, Chopin, Schumann e Liszt. Esses artistas viveriam entre o mundo de cultura germânica e Paris, explorando, entre outros filões, a relação música-palavra. Neste concerto parte-se do género “canção” e procura-se descobrir os seus percursos entre a França e a Alemanha do século XIX.

Luísa Cymbron (musicóloga)

 

20 de março de 2020, às 21h00

Debussy e Tchaikovsky – Dois compositores e uma benfeitora

Quarteto Tejo

 

Nadezhda von Meck (1831-94) foi uma abastada viúva russa que desempenhou papel importante nas vidas, quer de Tchaikovsky, quer de Debussy. Ficou para a história a relação epistolar que entreteve com Tchaikovsky: cerca de 1200 cartas ao longo de quase 14 anos, sem jamais falarem de viva voz um com o outro. Bem diferente foi o caso com Debussy: aí, o jovem Achille (na altura, o seu nome próprio oficial) foi contratado para ser pianista pessoal seu e da sua numerosa prole (tinha 11 filhos), cargo que Debussy desempenharia durante largas temporadas nos anos de 1880 a 1882.

Bernardo Mariano (musicólogo)

 

21 de março de 2020, às 21h00

Crepúsculos românticos russos

Nuno Ventura de Sousa (piano)

 

A Rússia dos czares agoniza, com os dirigentes em descrédito, a sociedade bloqueada e por fim o descalabro militar face à Alemanha na Grande Guerra, que precipita os acontecimentos revolucionários. Falecido Scriabin (1915), Medtner e Rakhmaninov são (com o “emigrado” Stravinsky) os grandes representantes da música russa. Ambos corporizam a tradição romântica do pianista virtuose/compositor e, face aos eventos de 1917, os dois, grandes amigos, decidem-se pela emigração (ainda que em tempos diferentes), vindo a fixar-se, respetivamente, em Inglaterra e nos Estados Unidos.

Bernardo Mariano (musicólogo)

 

27 e 28 de março de 2020, às 21h00

Retratos intimistas de Johannes Brahms

Sara Mingardo (alto) / Maurizio Paciariello (piano) / Luca Sanzò (violeta)

 

Brahms é a grande figura da música instrumental germânica da segunda metade do século XIX. O seu crivo autocrítico teve por efeito que (quase) tudo aquilo que deu a editar (122 números de ‘opus’) fosse de altíssima qualidade. Numa produção onde só falta a ópera, muitos há que consideram a sua música de câmara o território onde se revela a verdadeira alma deste austero alemão do Norte radicado na risonha e cosmopolita Viena. Neste concerto percorrem-se três diferentes géneros camarísticos, com destaque para a participação da consagrada cantora lírica italiana Sara Mingardo.

Bernardo Mariano (musicólogo)

 

 

Através da seguinte hiperligação é possível consultar a programação completa: https://www.parquesdesintra.pt/programacao-cultural/seroes-musicais-no-palacio-da-pena-2020/

 

INFORMAÇÕES (PÚBLICO):

Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Website: www.parquesdesintra.pt

Facebook: www.facebook.com/parquesdesintra

Telefone: +351 219 237 300

 

Sobre o Divino Sospiro - Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal

 

O Divino Sospiro - Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal, com sede nas instalações do Palácio Nacional de Queluz, tem como objetivo principal a promoção e divulgação do património musical associado ao Palácio de Queluz, no qual a música ocupou desde sempre um papel central, e onde foram apresentadas dezenas de serenatas e óperas. Serão realizados, nas salas do Palácio, concertos, eventos, conferências, simpósios e colóquios, assim como masterclasses e outras iniciativas que se propõem estudar e recuperar o tempo e a tradição de grandes acontecimentos musicais da época da permanência da Família Real no Palácio de Queluz, contribuindo em simultâneo para a fruição pública de uma programação musical de qualidade e para a afirmação do Palácio como referência incontornável da nossa herança cultural.

Saiba mais em: www.divinosospiro.org

 

Sobre a Parques de Sintra - Monte da Lua

 

A Parques de Sintra - Monte da Lua, S.A. (PSML) é uma empresa de capitais exclusivamente públicos, criada em 2000, no seguimento da classificação pela UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade. Não recorre ao Orçamento do Estado, pelo que a recuperação e manutenção do património que gere são asseguradas pelas receitas de bilheteiras, lojas, cafetarias e aluguer de espaços para eventos.

Em 2019, as áreas sob gestão da PSML (Parque e Palácio Nacional da Pena, Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz, Chalet da Condessa d’Edla, Castelo dos Mouros, Palácio e Jardins de Monserrate, Convento dos Capuchos e Escola Portuguesa de Arte Equestre) receberam cerca de 3,7 milhões de visitas, 90% das quais por parte de estrangeiros. Recebeu, em 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, o World Travel Award para Melhor Empresa em Conservação.

São acionistas da PSML a Direção Geral do Tesouro e Finanças (que representa o Estado), o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra.

 

 

Periodicidade Semestral

sexta-feira, 31 de outubro de 2025 – 19:38:15

Pesquisar

Como comprar fotos

publicidade

Atenção! Este portal usa cookies. Ao continuar a utilizar o portal concorda com o uso de cookies. Saber mais...